segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

HOMEOPATIA - PRECURSORES - A Herança Hipocrática


Com a morte de Hipócrates, Aristóteles (384-332 a.C.), também médico, com seu grande gênio, estabelece uma doutrina geral, fixa e fechada, onde cada ramo do saber possui o seu lugar, determinismo que o mundo erudito respeitará durante mais de mil anos.
No Ocidente, em Roma, onde a medicina é por muito tempo exercida pelos escravos, o hipocratismo brilha também com Celso que publica sua obra sob o reinado de Tibério.
Dentro em pouco, sob o reinado de Marco Aurélio, Galeno, grego de Pérgamo(138-201 dC)
encerra a medicina, seis séculos depois de Hipócrates, no sistema de Aristóteles, rejeita a idéia de analogia e não conserva senão uma parte da tradição hipocrática. Os quatro temperamentos conservados de Hipócrates, são submetidos à lei dos contrários.
A decadência romana e o desenvolvimento do cristianismo, dão à medicina um caráter cada vez mais dogmático, entretanto, os conventos conservam a riqueza dos manuscritos greco-latinos
toda a tradição esquecida que aguarda a hora da Renascença.
No oriente, Hipócrates acha-se menos desamparado. No III século a. C. Alexandria compila seus princípios. Mas é sobretudo na Síria e na Pérsia que sobrevivem os ensinamentos hipocráticos, ao lado das teorias de Aristóteles.
Os Árabes aplicam os príncipios de Hipócrates e Galeno e abrem novos horizontes à medicina. Geber ocupa-se da química. Avicena (980-1037) faz reviver as teorias de Hipócrates; interessa-se pela cantárida e suas ações irritante e diurética.Maimônides escreve um notável tratado sobre os venenos.
Bagdá é destruída pelos Mongóis em 1258. Começa o declínio. Os árabes conservaram bem vivo, até a Idade Média, o pensamento hipocrático.(Pierre Vannier- A Homeopatia S. Paulo, 1960)

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