sexta-feira, 31 de julho de 2009

INFLUENZA

INFLUENZA - Protocolo de manejo clínico e vigilância epidemiológica da
influenza - Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde, em
15/07/2009 – Em pdf com 36 páginas – 247KB.

PDF Aqui:
www.crf-rj.org.br

quinta-feira, 30 de julho de 2009

UMA TRINDADE - Dr. Dias da Cruz - Ano de 1900


Este artigo está presente nas páginas 38 a 40 do número de janeiro de 1901, dos ANNAES DE MEDICINA HOMOEOPATHICA,revista mensal do Instituto Hahnemanniano do Brazil. Neste artigo, o Dr.Dias da Cruz valoriza tres personalidades científicas da época e nos situa no pensamento de então, tanto pela forma de redação do texto que foi mantida, e também pelo conteúdo.
UMA TRINDADE
"Por unanime consenso, o seculo XIX tem sido chamado o das luzes, taes as claridades com que elle ha iluminado todos os recantos da sciencia.
Mas o brilho desse fulgor, diz-se, provém menos de suas descobertas, do que do methodo com que se as conseguio.
De facto, é cousa corrente que se não poderá mais de ora avante dar um passo seguro em sciencia, sem que intervenha o methodo experimental.E por isso é que no campo restricto da medicina são geralmente considerados Claude Bernard e Pasteur os pontifices maximos, os grandes iniciadores do movimento contemporaneo, isto é, os experimentalistas por excellencia. Não tenho duvida, senhores, em também alliar minhas palmas ao côro estrondoso com que a sciencia materialista da época encomía a dous representantes seus, aliás espiritualistas;quero, porém, reservar-me o direito de também palmear um terceiro, precursor dos outros dois, e que, com elles, poderá constituir a trindade experimentalista do seculo: alludo, senhores, ao creador da Materia Medica experimental, a Samuel Hahnemann.
Bem sei que em torno deste nome faz-se propositalmente o silencio, com que pretendem as Academias abafar o erro de haverem rejeitado as grandes verdades descobertas pelo innovador da Medicina, para poderem, á formiga, irem redescobrindo aos poucos quanto elle houvera já desvendado.
Mas é a nós, seus discipulos, que cabe a tarefa de não permittir que a gazúa scientifica venha se substituir á chave com que se abre a porta dos palacios dos descobrimentos.
Muito nos lisongea, em verdade, que transpostas as barreiras de nossa lavoura, venham aqui respingar ora indicações de accôrdo com os nossos principios, ora agentes que até agora tenhamos sido os unicos a estudar e a empregar/ O que, porém, não merece louvores, é que se calem relativamente ás fontes onde foi feita a colheita: cumpre, pois, que estejamos acordados na vigilância dos productos do nosso labor.
Em verdade, Pasteur foi um experimentador esforçado; menos não o foi,porém, o fundador da homeopatia. Uma distinção, entretanto, ha entre um e outro:emquanto o primeiro trabalhava in anima vili, o segundo experimentava in anima nobili. Dos estudos daquelle deduz-se do animal para o homem, dos deste, do homem para o homem.
Pasteur e seus dicipulos tomam os infinitamente pequenos que elles consideram germens, fazem culturas em caldos apropriados, e inoculam em coelhos, porcos da India e ratos.
Hahnemann apprehende uma substancia de qualquer dos tres reinos, e faz com que penetre no organismo humano pelas vias naturaes de absorção - o apparelho digestivo. Este observa os processos da natureza, e busca tirar deducções de accôrdo com as leis naturaes; aquelle, depois de força-las com os artificios que emprega, busca adaptar as observações feitas em uma especie animal a outra muito diversa. Estas distinções, alias capitaes, são incontestavelmente devidas a que um representa a etiologia eo outro a therapeutica. Ora, se aquella sciencia é,no que se julga, seus progressos, motivo de orgulho para os sabios modernos, que se extasiam deante dos processos pasteurianos; a therapeutica não pode ser menos em seus progressos causa de orgulho para os discipulos de Hahnemann, que, empregando também o methodo experimental, seguia entretanto as leis naturaes. Do que venho dizendo não pretenda a mordacidade suppôr que eu tenha a temerária ousadia de contestar as merecidas glorias de Pasteur. Não: o que desejo apenas é que se não exaggerem as de um, e se obscureçam as de outro.Tanto assim é que, alto e bom som, proclamo o meu enthusiasmo por Claude Bernard, que creando a pathologia experimental, usou entretanto dos mesmos processos de deduzir do animal para o homem.
Mas si ha em minhas palavras alguma cousa que possa escandalisar os sabios,eu,que desejo ardentemente uma reconciliação, entoarei o poenitet-me,confessando:
Tres ramos da Medicina têm neste seculo attingido um progresso extraordinario,graças ao methodo experimental a ellas applicado:a Pathologia, a Etiologia e a Therapeutica; tres nomes, portanto,devem ficar entrelaçados no Pantheão dos grandes genios da Sciencia:
Claude Bernard, Pasteur e Hahnemann.
http://www.ihb.org.br/BR/docs/revista/v.5n.1e2-1999/pdf/p.15-20.pdf.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sindrome Gripal X Sindrome Respiratória Aguda Grave

A síndrome gripal é definida como:
Indivíduo com doença aguda (com duração máxima de cinco dias),apresentando febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos.
Esta definição abrange as seguintes infecções respiratórias agudas: nasofaringite (resfriadocomum), faringite não especificada, amigdalite não especificada, laringite, traqueíte,laringotraqueíte, infecção das vias aéreas superiores de localizações múltiplas e não especificadas.
Os casos de síndrome gripal sem gravidade não são mais individualizados como Influenza A(H1N1). A definição de caso passou a ser focada na doença respiratória aguda grave de qualquer etiologia viral.

Definição de caso de doença respiratória aguda grave
Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre,acompanhada de tosse OU dor de garganta E dispnéia ou outros
indícios de agravamento (taquipnéia, hipoxemia, hipotensão, confusão mental
etc.).

Sinais de alerta e agravamento
Adultos: dispnéia, taquipnéia (frequência respiratória superior a 30 ipm),
hipoxia (saturação de oxigênio ≤92% em ar ambiente, ≤94% para gestantes),
cianose, vômitos incoercíveis, oliguria, vertigens, alterações da consciência,
agravamento de enfermidade crônica, hipotensão arterial (PA diastólica <60
mmHg ou sistólica <90 mmHg).
Crianças: dispnéia, taquipnéia, tiragem intercostal, hipoxia, cianose, oliguria,
convulsões, irritabilidade, alterações aguda da consciência, recusa alimentar,
desidratação, vômitos incoercíveis, inapetência, comprometimento do estado
geral e hipotensão arterial.
http://www.cesaho. com.br/publicaco es/index. aspx.
http://www.cesaho. com.br/publicaco es/arquivos/ artigo_52_ cesaho.pdf

segunda-feira, 27 de julho de 2009

EXEGESE DOUTRINÁRIA DE ALFONSO MASI ELIZALDE



Alfonso Masi Elizalde realizou uma profunda exegese(explicação ou interpretação crítica) da obra de Hahnemann na qual resgatou o espírito do pensamento do mestre.Uma abreviada sintese de suas conclusões inclui o seguinte:
1 -A obra de Hahnemann transcorre por dois caminhos, um positivista, e outro aristotélico tomista, sendo este último o que contém o espírito da doutrina homeopática.
2 -Existe uma assombrosa semelhança entre o pensamento homeopático hahnemanniano e a concepção monista do homem, própria do pensamento aristotélico tomista:
2.1 -Para Hahnemann: ..."não se pode conceber o organismo material sem o dinamismo que o anima e age e sente instintivamente, do mesmo modo a força vital não pode conceber-se sem o organismo, por conseguinte os dois constituem uma unidade..." Parágrafo 15.
2.2 -Para Aristóteles e Santo Tomás, o homem é um composto substancial de alma e corpo, inseparavel, no qual há uma absoluta unidade de todos seus planos hierárquicos. A perturbação de um plano do homem implica a de todos os demais planos.
Tanto Hahnemann como Santo Tomás tinham sempre presente a absoluta unidade de todos os planos do homem.
3 -Existe também um paralelismo entre os dois pensamentos quanto à origem e destino do homem e da vida:

3.1 -Hahnemann fala de uma origem nobre e de um elevado fim da existencia, que consiste em aproximar-se de Deus por meio de sensações que assegurem sua felicidade, ações que ressaltem sua dignidade, e de conhecimentos que abarquem o Universo.
3.2 -Para Santo Tomás:..."o homem e as outras criaturas racionais, alcançam seu último fim conhecendo e amando a Deus..."
4 -A enfermidade:
A origem da enfermidade humana é a voluntaria separação de Deus e de sua ordem.A consequente perturbação da energia vital que se reflete nas mudanças na maneira de sentir e agir se dão simultaneamente em todos os estratos do homem.No vegetativo, no sensitivo e no racional ou transcendente.
A constatação do paralelismo entre o pensamento hahnemanniano e o pensamento de Santo Tomás nos permite ampliar os conceitos hahnemannianos com a magnitude do pensamento tomista.
A correta interpretação das modificações da atividade da alma determinadas pelas patogenesias, nos permite observar além dasmudanças nas potencias vegetativas, uma lesão da imaginação.
O estímulo energético do medicamento experimentado produz sentimentos angustiantes e transtornos na imaginação representados por sonhos, imagens e fantasmas referidos a um passado não vivido temporalmente pelo sujeito e um futuro ameaçador, não justificado pela sua realidade presente.
As patogenesias são a exaltação de uma recordação sepultada no inconsciente que nos é transmitida por herança constituida por valores transcendentes que o homem sente que alguma vez possuiu.
O caráter de recordação e não de desejo é dade pelo matiz nostálgico que impregna estas sensações.O sentimento de culpa e o consequente medo ao castigo presente em quase todas as patogenesias ricas em sintomas, falam da convicção congenita do ser humano de haver cometido uma transgressão.
A enfermidade natural do homem é uma só, a ruptura com Deus. Para este estado de enfermidade, Masi Elizalde decidiu manter o nome de Psora.
Esta tem distintas etapas em seu desenvolvimento:
4.1 -Etapa primária da Psora:
É a incerteza da alma racional do homem atual acerca da existencia de Deus, sobre a realidade histórica de seu passado de perfeição e bem aventurança e sobre a possibilidade futura de recupera-lo e acerca da certeza de sua condição eterna.
Tal incerteza é gerada pelas reminiscencias simbólicas daquele passado e das sensações que o mesmo deparava, unidas à nebulosa lembrança do processo pelo qual tudo aquilo foi perdido, que vivem na imaginação inconsciente, as quais se chocam com a realidade concreta temporal de imperfeição, vulnerabilidade e morte, originando assim, a incógnita essencial cuja resolução pelo intelecto e pela vontade, constituem a finalidade do homem aqui na terra.
Nessa percepção alterada da realidade radica a susceptibilidade de um sujeito.
4.2 -Etapa secundaria ou projetada:
Devido à natureza inconsciente do transtorno da imaginação, o homem atribui como causa de seu sofrimento a qualquer circunstancia que se relacione simbólicamente com o conteúdo psórico primário.
4.3 -Etapa terciária ou reativa:
São as atitudes adaptativas que o sujeito desenvolve mecanicamente para fugir, destruir, ou dominar aquelas circunstancias que o sujeito imagina que são a causa de seu sofrimento.
Este é um processo dinamico, um ir e vir de paixões e atitudes reativas, expressado simbolicamente em todos os planos do composto substancial.
http://www.jtkent.org.ar/Doc_Exegesis.php

sábado, 18 de julho de 2009

O dia mais frio da história de Porto Alegre



Porto Alegre começava a ganhar ares de cidade grande em 1918. A população da capital, conforme o IBGE, aproximava-se de 180 mil pessoas. Milhares de porto-alegrenses, contudo, viriam a morrer devido à pandemia do vírus influenza na conhecida Gripe Espanhola naquele último ano de devastação pela Primeira Guerra Mundial no Velho Mundo.
A doença matava silenciosamente em Porto Alegre e a gravidade da "Espanhola" não era totalmente compreendida.
Em um ano de Gripe Espanhola, o que a capital menos precisava era de um inverno rigoroso. Na segunda semana de julho, uma massa de ar polar com intensidade raramente vista nos últimos 150 anos chegou ao Rio Grande do Sul, trazendo grandes nevadas e mínimas extraordinariamente baixas que se aproximaram de 10ºC abaixo em cidades onde raramente nos dias de hoje os termômetros alcançam -5ºC. Na capital, foi uma seqüência de dias gelados.
Às sete horas e quarenta e cinco minutos da manhã do dia 11 de julho de 1918, Porto Alegre registraria o seu recorde de frio. Não há registro de marca menor na série histórica de dados do restante do século XX e nas observações descontinuadas que remontam ao século XIX. Os termômetros indicaram 4ºC abaixo de zero. Quatro fatores determinaram a incrível mínima: a poderosíssima massa de ar polar, o frio da véspera com extremas entre -1,0ºC e 9,6ºC, o ar muito seco que garantiu uma máxima de 13,2ºC no dia 11 e o céu possivelmente limpo. A estação meteorológica, conforme todas as informações disponíveis, estava localizada junto ao Centro. Mesmo que a urbanização da época fosse infinitamente inferior à atual, o fato da estação estar localizada em ponto mais próximo do Lago Guaíba torna a mínima ainda mais extraordinária. O frio provocou mortes na cidade, mas a mínima histórica da capital mereceu apenas uma nota pequena no jornal no espaço que regularmente já informava as condições do tempo.
No jornal A Federação, que publicava o boletim completo do observatório meteorológico, verificava-se que o frio era extraordinário não apenas em Porto Alegre. As mínimas do dia 11 de julho de 1918 chegaram a 9ºC abaixo de zero em Vacaria, 7,6ºC negativos em Guaporé, 6,9ºC abaixo de zero em Caxias do Sul, 4,1ºC negativos em Alegrete e 3ºC abaixo de zero em Piratini.
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/metroclima/default.php?reg=9&p_secao=12

terça-feira, 14 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009

INFLUENZA "A"-(H1N1) - TRATAMENTO HOMEOPÁTICO

GRIPE INFLUENZA “A”- GRIPE H1N1 - GRIPE SUINA - GRIPE MEXICANA - SIMPÓSIO DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOMEOPATIA
DIA 23 DE MAIO DE 2009 - DE 13h30min às 17h30min -
CENTRO DE ESTUDOS DO HOSPITAL DA LAGOA RIO DE JANEIRO
A Federação Brasileira de Homeopatia teve a honra de receber um grupo de 26 associados para participar deste encontro de caráter científico e informativo das possibilidades terapêuticas da Homeopatia na prevenção e condução de casos clínicos desta situação considerada Pandemia pela OMS.> > As conclusões deste simpósio foram estritamente harmônicas e elucidativas, seguindo os preceitos da técnica de tratamento através da escolha dos principais medicamentos envolvidos na etiologia, fisiopatologia, convalescência, e prevenção, pautados nos ditames científicos, para que possam garantir o bem estar comum. Os associados da Federação Brasileira de Homeopatia, cumprindo os objetivos estatutários, vêm a público informar as possibilidades reais do tratamento e prevenção da GRIPE INFLUENZA “A”, ou GRIPE SUÍNA, ou Gripe H1N1, e os profissionais abaixo listados estão capacitados e instruídos a agir nos cuidados da saúde dos possíveis enfermos desta epidemia e revelando os valores da Homeopatia neste tempo de angústia que vive a humanidade. Este evento foi pautado na definição da patologia, epidemiologia, clínica, fisiopatologia, tratamento e cuidados na prevenção e convalescência. Contamos com a excelente explanação da Dra. Maria Isabel Teixeira Marques, e todos os resultados derivaram de um “brain storm” coletivo na busca de soluções compatíveis com a Lei de Semelhança.
TRATAMENTO HOMEOPÁTICO> Os principais sintomas derivam da sintomatologia clínica que acomete de forma intensa as MUCOSAS, e de forma grave e progressiva os PULMÕES. Baseados nestes sintomas foram selecionados pelos associados presentes, um grupo de medicamentos que incluem em suas patogenesias os sintomas correlatos, e podem ser incluídos em fases desde iniciais como também já instaladas, conforme o nível de gravidade e na convalescência.
OS MEDICAMENTOS
1) ILLICIUM (6 À 30 CH): tosse, expectoração muco purulenta, dor esternal,
2) ANTIMONIUM TARTARICUM (6 À 30 CH): tosse produtiva, expectoração muco purulenta, sonolência, irritação das mucosas digestivas,
3) OSCILOCOCCININUM (® OU 30 À 200 CH): referendado nos trabalhos científicos em anexo, que cobrem os períodos iniciais e de estado, com possibilidades imuno reacionais importantes e resolutivas,
4) AMANITA PHALLOIDES (30 CH): gastroenterite, vômitos, diarréia, hepatólise,
5) GELSEMIUM (5 À 30 CH): fraqueza muscular, coriza aguda, inflamação faringe, diarréia,
6) EUPATORIUM PERFOLIATUM (5 À 30 CH): cefaléia, vômitos, diarréia, coriza, febre, mialgia, artralgia, irritação traqueobrônquica,
7) ACONITUM NAPELLUS (5 À 30 CH): febre súbita, gripe, cefaléia, conjuntivite irritativa, faringite e amigdalite, sensação de queimação e vômitos,
8) EUPRASIA (5 À 30 CH): irritação conjuntival, coriza intensa, cefaléia, náuseas, vômitos,
9) HYDRASTIS CANADENSIS (5 À 30 CH): medicamento de mucosas, coriza, faringites, bronquites, cefaléia,
10) ALLIUM CEPA (5 à 30 CH): coriza, laringites, cefaléia, irritação conjuntival, náuseas, diarréias,
11) KALI BICHROMICUM (5 À 30 CH): cefaléia, coriza espessa, faringite e amigdalite, náuseas, vômitos, diarréia, dores ósseas migratórias,
12) BELLADONA (5 À 30 CH): febre, coriza, faringites, anorexia, náuseas, vômitos,
13) BRYONIA (5 À 30 CH): coriza, náuseas, mialgias, cefaléia pressiva,
PREVENÇÃO> > Através do medicamento: INFLUENZINUM CH 200, em doses semanais pelo período que durar a epidemia.
GENIO EPIDEMICO> > A conclusão do grupo de associados é que em qualquer que seja a epidemia a ser enfrentada, os medicamentos que mais se assemelharem com as sintomatologias possíveis serão conhecidos ao longo e principalmente ao fim das epidemias, onde o núcleo reacional comum poderá ser aventado. Portanto, seria necessário que no curso de uma epidemia houvesse uma reunião semanal, com agrupamentos dos sintomas mais comuns e os medicamentos, para se ter uma estatística confiável dos medicamentos que possam vir a ser indicados de uma forma mais ampla.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Literatura - MÉDICO DE HOMENS E DE ALMAS -Taylor Caldwel



Trata-se da biografia de São Lucas (Lucano como é chamado no livro), único apóstolo que não conheceu Jesus Cristo. Lucano era filho de escravos libertos e protegido de um grande soldado romano, que pagou seus estudos em Alexandria, para que se tornasse médico. Aos 10 anos de idade que ouve falar em Jesus Cristo pela primeira vez, quando vê a estrela que chegou para anunciar o Messias, entretanto Lucano passa um grande período de sua vida brigado com Deus, acreditando que este somente trazia tristeza, pois perdeu o grande amor de sua vida sem nada poder fazer para salvá-la. Como seu protetor se casou com sua mãe, Lucano tornou-se seu herdeiro e por isto um homem muito rico, mas apesar disto escolhe uma vida de pobreza e peregrinação, dedicando-se a arte de curar as pessoas, e fazendo vários milagres para aliviar o sofrimento dos doentes. Lucas volta a acreditar em Jesus quando encontra o filho de um paciente que havia desaparecido quando tinha 2 anos de idade, e desde então começa a escrever seu Evangelho sem nunca o ter visto, indo para isto, atrás das pessoas que o conheceram, inclusive a Virgem Maria. É uma história fascinante, de um homem de verdade que amou muito e sofreu muito, teve muitas dúvidas e finalmente a certeza absoluta da fé.
"O Médico de Homens e de Almas" é uma obra prima, rica em detalhes e fruto de uma vasta pesquisa em que a autora, Taylor Caldwel, percorreu extensas fontes durante décadas. A riqueza de detalhes torna a narrativa substanciosa e arte, história, ficção e emoção estão presentes na medida perfeita para encantar os leitores.
"Tendo pois muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram.Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra,Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado."(São Lucas, cap.I, v. de 1 a 4)
pt.shvoong.com/.../794693-médico-homens-almas/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

SÃO LUCAS - O PATRONO DOS MÉDICOS


São Lucas, "medicorum christianorum princeps et patronus," - como em 1642 o designou Guilherme del Val, Decano da Faculdade de Medicina de Paris, - nasceu em Antióquia pelo ano 17 da nossa era. Nessa cidade floresciam escolas célebres. Segundo são Jerônimo, Lucas dedicou-se com afinco aos estudos enciclopédicos da época e era fiel na castidade.
Convertido ao cristianismo pela pregação de São Pedro no ano 40, acompanhou mais tarde a São Paulo em suas missões. É Lucas "o médico mui amado"de que fala São Paulo na Epístola aos Colossenses.
Êle o acompanhava em suas viagens apostólicas. Com êle vai a Roma no ano 56; e novamente em 65. Após o martírio do apóstolo, em 67, evangeliza a Grécia e aos 75 ou 80 anos também êle, conforme se crê, recebe a palma do martírio. Tôda a apresentação do seu Evangelho e dos Atos dos Apóstolos denota uma formação mais aprimorada, que o médico São Lucas se empenhou por conseguir.
Referencia:Edvino Friederichs "Perfis de grandes médicos"Edições Paulinas PoA 1957.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O FLAMBOYANT DA DR ARNALDO - Drauzio Varella


O FLAMBOYANT DA DR. ARNALDO

Drauzio Varella

Os flamboyants florescem nesta época do ano. Em meio à folhagem rendilhada, exibem mil flores em forma de chamas acesas para o alto. Na avenida Dr. Arnaldo, junto à Cardeal Arcoverde, zona central, pode ser visto um dos flamboyants mais floridos de São Paulo.Plantado no jardim da faculdade de Saúde Pública, o mais generoso de seus galhos se curva e cobre de sombra e beleza metade da avenida.Bem embaixo dele, todos os dias, milhares de automóveis e um dos corredores de ônibus mais movimentados da cidade despejam fuligem e gases tóxicos. Impávido, assim que chega o verão, ele revida ao ataque químico com flores encantadoras. As árvores que teimam em florescer no meio da poluição são exemplos vivos de um fenômeno batizado de hormese, em 1943. Recentemente ressuscitada por uma série de publicações científicas, na verdade, hormese é um conceito descrito em 1888 pelo farmacologista alemão Hugo Schulz, ao observar que doses baixas de substâncias tóxicas estimulavam o crescimento de certos fungos. Depois de analisar experimentos semelhantes realizados em animais pelo médico alemão Rudolph Arndt, ambos enunciaram a lei de Schulz-Arndt: pequenas doses do que faz mal podem eventualmente fazer bem ao organismo. Essas ideias caíram em descrédito nas décadas de 1920 e 1930, porque Arndt era adepto da homeopatia que defende a noção segundo aqual soluções extremamente diluídas, contendo algumas poucas ou mesmo nenhuma molécula da substância ativa dissolvida, são dotadas de efeito terapêutico. O mal-entendido não tinha a menor razão para surgir: a hormese envolve concentrações, no mínimo, 10 mil a 100 mil vezes maiores do que as homeopáticas. O fenômeno provavelmente representa uma resposta adaptativa ao estresse: na presença deste, o organismo ativaria seus mecanismos de reparação dos tecidos e manutenção da integridade funcional, numa espécie de compensação que o tornaria mais apto a enfrentar a seleção natural. Os exemplos são inúmeros:

1) Doses pequenas de álcool reduzem significativamente o risco deataques cardíacos, enquanto quantidades mais elevadas estãoassociadas à hipertensão, cirrose hepática e outras doenças graves;

2) O exercício físico moderado priva uma parte das células deoxigênio e glicose, aumenta a concentração nefasta de oxidantes emoutras e debilita a imunidade. No entanto, melhora as condições gerais de saúde porque essas agressões celulares estimulam oaparelho cardiorrespirató rio e os sistemas de defesa a funcionar com mais eficiência;

3) Restrição calórica na dieta retarda o envelhecimento e aumentaa longevidade em todos os animais já estudados. O número baixo decalorias ingeridas mantém o organismo sob estresse, ativando enzimas responsáveis pela reparação do DNA e acelerando a morte de células potencialmente malignas (apoptose);

4) A dioxina - usada como desfolhante no Vietnã - é produto dealta toxicidade: o equivalente a sete colheres de chá numa piscina olímpica é suficiente para causar câncer de fígado em 50% dos ratos estudados. Doses mínimas de dioxina, ao contrário, protegem ratos contra o aparecimento de tumores hepáticos;

5) Os riscos das radiações costumam ser avaliados com base naincidência de câncer entre os 86.600 sobreviventes das explosões atômicas de Hiroshima e Nagasaki. Nesse grupo, a incidência de câncer cresce à medida que aumentam as doses de radiação às quais foram expostos seus componentes. Estudos recentes, no entanto,sugerem que, entre eles, os menos atingidos pelas radiações curiosamente apresentam maior longevidade do que o grupo controle(não exposto à bomba);

6) Pesquisas conduzidas em populações que vivem no oeste da China e no estado americano do Colorado, onde os níveis de radiação natural são três a quatro vezes maiores do que no resto do mundo, demonstraram incidência discretamente diminuída de casos de câncer.

Alguns cientistas acreditam existirem evidências suficientes para assumirmos que radiações abaixo de certo limiar são inofensivas, contrariando o paradigma atual que considera prejudicial à saúde da espécie humana qualquer dose de radiação. Edward Calabrese e Linda Baldwuin, da Universidade de Massachusetts, fizeram uma revisão de milhares de trabalhos publicados sobre o tema.Foram encontrados exemplos de hormese em plantas que crescem mais rápido na presença de herbicidas, bactérias que se multiplicam mais depressa com antibióticos, células imunológicas que proliferam na presença de arsênico, insetos que vivem mais e produzem mais ovos quando tratados com pesticidas e muitos outros. No final, Calabrese diz: "O fenômeno é encontrado em todas as espécies estudadas nos reinos animal e vegetal". Embora ainda haja pontos de vista discordantes e dificuldade na elucidação dos mecanismos moleculares desses fenômenos, o interesse por essa área é palpitante. A hormese pode alterar substancialmente as regras atuais para definir quantidades mínimas aceitáveis de substâncias tóxicas nos alimentos, na água potável, em produtos industriais e interferir com a limpeza do lixo atômico. Para nós, habituados aos alimentos com conservantes, às bebidas industrializadas, às frutas e legumes borrifados com pesticidas e a viver na poluição, é consolador confiar na hormese.

Fonte Gazeta digital
profissionais homeopatas] texto de Drauzio Varella