quarta-feira, 19 de maio de 2010

Exposição 100 anos Caminhos do Partenon: do Hospital de Isolamento ao Sanatório - Inauguração 18 de maio - Dia Internacional dos Museus

Desde o final do século XIX até o início do século XX, as doenças infecciosas que incidiram no Rio Grande do Sul foram difteria, tifo, peste, febre tifóide, varíola, varicela, sífilis, tuberculose, gripe.  

Nessa época a causa das epidemias era desconhecida, assim como a noção de contágio, e, até a metade do século XX, o controle das doenças contagiosas e das epidemias restringia-se praticamente ao isolamento dos doentes em lazaretos instalados em locais distantes dos centros urbanos. O prédio do hospital de isolamento foi primeiro a ser construído, em 1910, e é onde funciona atualmente o serviço SAT de atendimento em HIV/Aids, entre outros serviços prestados pela instituição.
Veja mais em http://www.muhm.org.br./

A Escola Médico Cirúrgica, destacou-se durante a pandemia de Gripe Espanhola pela assistência prestada à população de Porto Alegre. Acima vemos a foto de sua sede no ano de 1939, na rua General Portinho 426 no centro da cidade de Porto Alegre.Fonte: Revista Máscara - acervo do MUHM.
Neste Dia Internacional de Museus, 18 de maio, às 19 horas, o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (av. Independência, 270, Centro Histórico de Porto Alegre) inaugura uma exposição que contará a história dos 100 anos do atual complexo de hospitais que se tornou o Hospital Sanatório Partenon, em "Caminhos do Partenon: do Hospital de Isolamento ao Sanatório". A mostra foi projetada em conjunto com a equipe do serviço de Documentação e Memória do hospital e vai abordar do surgimento da instituição em decorrência de epidemias e doenças como a varíola e a tuberculose até aos serviços atuais de atendimento terapêutico em HIV/Aids (SAT). A inauguração vai contar com a presença da Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, e dos principais diretores da área da saúde hospitalar estadual, além de médicos e representantes de museus. O MUHM é mantido pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e ocupa o prédio histórico da Beneficência Portuguesa. Visitação de terças a sextas-feiras das 11h às 19h e das 14h às 19h nos sábados e domingos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O MAL ESTAR NA CULTURA


Psicanálise e Literatura 80 anos depois do ensino de Freud e do Mal-estar na Cultura
Atividades Presenciais:
Nos dias 17 e 20 de Maio, aprofundaremos a reflexão sobre Freud com a pergunta: Até que ponto nossos tabus religiosos, culturais, sociais e jurídicos são realmente legítimos, éticos e justos? Propomos uma discussão em torno da teoria mimética de René Girard, com excursões para a antropologia, a hermenêutica jurídica, a literatura e a religião.
Na Televisão:
O Mal-Estar na Cultura na TV Assembléia Legislativa. Entrevista com Kathrin Rosenfield no canal 16 da NET, dia 11 de Maio, às 23h00, com repetição dia 12, 13h00, e dia 13, 18h00.

http://www.malestarnacultura.ufrgs.br/index.php

OS BIOTERÁPICOS

OS BIOTERÁPICOS
Bioterápicos são, de uma forma genérica, produtos quimicamente não definidos, tais como secreções, excreções patológicas ou não, e certos produtos de origem microbiana e alergenos, que servem de matéria prima para as preparações homeopáticas (Farmacopéia Francesa, 10ª edição, 1985), deixando claro que não são medicamentos homeopáticos, pois sua prescrição não é baseada (na grade maioria das vezes) na Lei dos Semelhantes e não existem estudos patogenéticos sobre sua potencialidade curativa. Acreditamos ser importante essa questão, pois vemos, frequentemente, declarações de homeopatas na mídia, falando de bioterápicos como se fossem medicamentos homeopáticos
Como já referido em nosso artigo anterior (Proposta de Gênio Epidêmico para Tratamento da Gripe Influenza A - H1N1 - setembro/2009), existe no mercado um grande número de tipos de Influenzinum, alguns preparados a partir de material colhido de pacientes infectados pelos vírus e a maioria preparados a partir de vacinas contra gripe influenza sazonal.
Considerando que:
- Vem sendo desenvolvida uma campanha de vacinação em massa da população brasileira contra a Gripe Influenza A H1N1/2009, iniciada em março/2010, com a possibilidade de efeitos colaterais produzidos pela vacina;
- Existem diferentes de tipos de vacina utilizadas durante a campanha (ver acima);
- As farmácias homeopáticas podem disponibilizar bioterápicos específicos para cada tipo de vacina.
- Existe a possibilidade de se preparar bioterápicos a partir da dinamização da associação de dois ou mais tipos de vacina;
- As vacinas que veem sendo utilizadas na vacinação de 2010 em nosso país, são todas preparadas a partir de vírus inativados e fragmentados;
- Existem no mercado alguns tipos de Influenzinum preparados a partir de vírus influenza H1N1 colhidos de pacientes (teoricamente não fragmentado);
- Não existe experiência relatada anterior do uso de Influenzinum com e sem adjuvante;
- Os bioterápicos podem ser utilizados profilática e/ou curativamente;
- Os bioterápicos podem ser prescritos em dose única ou doses repetidas, em diversas
dinamizações (as mais utilizadas teem sido 30 e 200CH);
- Os adjuvantes utilizados nas vacinas são os principais responsáveis pelos efeitos adversos das vacinas;
- Está citado nas bulas das vacinas que não é recomendada a vacinação para menores de 18 anos;
- Na prática será difícil o médico obter a informação de qual vacina seu paciente realmente tomou;
- A experiência clínica e conduta homeopática de cada médico é muito variável.
Sugerimos que a prescrição de bioterápicos, preparados a partir da(s) vacina(s) contra Gripe Influenza A H1N1/2009, seja individualizada para cada paciente, a critério de cada médico, após consideração de todas as implicações sobre a totalidade sintomática de cada tipo de prescrição.
Lembramos ainda que é importante e necessário registrar e notificar a ocorrência de efeitos adversos da vacina.

Referência:
“Livro Vacinas e Vacinações”

Artigo: “Informe Técnico sobre as Vacinas contra Gripe Influenza H1N1 e seus Correspondente Bioterápicos “ Autoras: Célia Regina Barollo e Sonia Regina Rocha Miura
http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_399_cesaho.pdf

INFLUENZINUM H1N1

INFLUENZINUM H1N1

Amarilys de Toledo Cesar (Farmacêutica Homeopata, Doutora em Saúde Pública)

Influenzinum é uma preparação dinamizada definida como bioterápico. Tanto o MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS DA ABFH quanto a FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, seguem a literatura francesa e definem bioterápicos como produtos não quimicamente definidos (secreções, excreções patológicas ou não, certos produtos de origem microbiana, alérgenos) que servem de matéria prima para as preparações bioterápicas de uso homeopático. Nesta obra, o Influenzinum é descrito como obtido a partir de vacina anti-gripal do Instituto Pasteur, sendo classificado como um bioterápico “Codex” (que são aqueles obtidos a partir de soros, vacinas, toxinas ou anatoxinas, inscritos na Farmacopéia Francesa e preparados por laboratórios especializados).
KAYNE, em seus livros Farmácia Homeopática e Prática Homeopática, como outros autores, usa as definições nosódio e sarcódio, para isopáticos preparados a partir de material biológico de origem patológica ou não patológica, respectivamente. Sarcódios são preparados a partir de secreções corpóreas ou material sintético como culturas bacterianas. Tanto nosódios como sarcódios seguem a lei da igualdade, não da semelhança.
Independente da classificação como bioterápico ou como sarcódio, o medicamento Influenzinum é preparado a partir de vacinas anti-gripe, tradicionalmente fornecidas pelo Instituto Pasteur, de Paris.
JULIAN, em seu Tratado sobre Microimunoterapia Dinamizada, afirma que “é interessante notar que o Instituto Pasteur prepara especialmente a mistura de vacinas para uso homeopático.” Para verificar esta afirmativa, entramos em contato por e-mail com a Dra. Sylvie van der Werf, chefe da Unidade de Genética Molecular de Virus Respiratórios, e co-diretora do Centro Colaborador da OMS de Referência e de Pesquisa sobre o vírus da gripe e de outros vírus respiratórios (sylvie.van-der-werf@pasteur.fr). Sua resposta foi a seguinte:
“The Pasteur Institute is a research foundation and does not prepare any product to be commercialized. I am sorry to say that I do not have any information about this product which is not recognized in the scientific community as being part of the products with proven efficacy against influenza”.
Ou seja:
“O Instituto Pasteur é uma fundação de pesquisa e não prepara qualquer produto para ser comercializado. Lamento dizer que não tenho qualquer informação sobre este produto, que não é reconhecido na comunidade científica como parte dos produtos com eficácia provada contra a influenza”.
Hoje há diversos outros fabricantes de vacinas. Provavelmente houve um mal entendido sobre o que JULIAN escreveu, e na verdade, a homeopatia usa produtos, seja do Instituto Pasteur, seja de outros fabricantes, para fazer as preparações específicas da homeopatia.
KAYNE afirma que nosódios e sarcódios são dados profilaticamente ou como tratamento, com o objetivo de estimular a resposta imune, ainda que Dr. Anita Davies tenha mostrado não haver aumento de anticorpos após administração oral de nosódio do vírus da influenza. Mesmo assim, parece haver evidências consideráveis de que preparações contendo Influenzinum e Bacillinum imunizam contra a influenza, em alguns pacientes.
KAYNE continua afirmando que é importante notar que “nenhum deste é uma vacina verdadeira no sentido alopático, e de que não há evidência científica se podem ou não conferir qualquer proteção contra a doença, quando aplicados profilaticamente”.Mas Influenzinum tem sido usado tanto profilaticamente quanto no tratamento da doença.
JULIAN menciona o preparo de novos Influenzinuns, a cada ano, de acordo com a epidemiologia da influenza. Conta que Pierre Schmidt preparou o nosódio de Influenza espanhola, assim como outros autores também usaram Influenzinum, como Beeby, Nebel e Demageat. Cartier teria dito que Nebel considerava Influenzinum como preventivo e curativo. Clarke teria atribuído a ele uma possível ação abortiva. Wheeler teria tido sucesso com a trigésima potência. Não há experimentação patogenética hahnemanniana, ainda que mencione sintomas de gripe, obtidos por patogenesia clínica, como mal estar geral, com calafrio, dor de cabeça, dores difusas. Rigidez geral. Hipertermia 39-40oC. Astenia e anorexia. Dor de cabeça com olhos pesados, sensível ao movimento. Faringite, laringite. Hipotensão. Voz anasalada. Bronquite, bronco-pneumonia, asma brônquica. Catarro, coriza, sinusite. Tosse seca dolorosa. Conjuntivite. Otite. Dores reumáticas por tempo úmido e frio.
JULIAN indica para influenza, e como um bom francês, indica o uso de potências baixas, entre 4 e 9CH.
A médica homeopata e sanitarista Celia BAROLLO, com Sonia Regina Rocha MIURA, produziram o texto Informe Técnico sobre as Vacinas contra Gripe Influenza H1N1 e seus correspondentes Bioterápicos, publicado na semana passada e disponibilizado para a comunidade homeopática no site do CESAHO (Centro de Estudos Avançados em Homeopatia). Veja em http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/arquivos/arquivo_399_cesaho.pdf

Diversas solicitações foram feitas a nosso laboratório para que disponibilizássemos matrizes de Influenzinum, preparado a partir da vacina da influenza H1H1, de maneira que qualquer farmácia brasileira pudesse manipular prescrições.
Só recentemente obtivemos as vacinas sem adjuvante e com adjuvante, que foram prontamente dinamizadas. Considerando o uso do Influenzinum para os que foram vacinados com a vacina oficial, e que nem todos saberiam qual a das vacinas foi aplicada, resolvemos fazer também um composto, utilizando as duas vacinas, com e sem adjuvante.
Estas matrizes estão disponíveis a partir da potência 11CH, a valores normais. Sabemos que têm sido mais solicitadas em potências 30CH e 200FC por clínicos homeopatas. Mais informações tel. 11-2979-9868.
Referências bibligráficas:
DAVIES, A., apud KAYNE, S. Clinical investigations into the action of potencies. British Homeopathic Journal 60: 36-41, 1971
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2a. edição, 199
JULIAN, O.A. Treatise on Dynamised Micro Immunotherapy. B.Jain, 1985.
KAYNE, Steven B. Homoepathic Pharmacy, an Introduction and Handbook. Churchill Livingstone, 1997.
KAYNE, Steven B. Homeopathic Practice. Pharmaceutical Press, 2008.
MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, 4ª.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra

http://www.natalneuro.org.br/

SANTIAGO RAMÓN Y CAJAL - O PAI DA NEUROCIÊNCIA MODERNA

http://www.natalneuro.org.br/artigos_iinn/pdf/2007_opai.pdf

A NEUROCIÊNCIA DO SÉCULO XXI

Por Sonia Montaño

A Unimed Porto Alegre lhe envia, neste texto, os principais temas abordados pelo médico e cientista brasileiro Miguel Nicolelis, na conferência ministrada no Fronteiras do Pensamento do dia de ontem, 3 de maio, no Salão de Atos da UFRGS, com o título “A neurociência do séculoXXI”

O conferencista convidou a plateia a ver uma imagem de tempestade cerebral e ouvir uma sinfonia neuronal. As imagens e os sons correspondiam à transformação visual e motora em cem neurônios do cérebro de uma macaca chamada Aurora, disparados entre o instante em que ela era estimulada a uma ação e o momento em que ela começou a realizá-la. O cientista demonstrou assim que é possível captar o espaço temporal de um pensamento, a tempestade elétrica que faz com que o sonho se transforme em ação. Essa leitura e a decodificação da atividade elétrica do cérebro são conquistas com profundas implicações na medicina e no
futuro de nossa própria espécie e, para demonstrar essa afirmação, o médico foi apresentando ao auditório diversos experimentos realizados em macacos e ratos.

A criação de braços robóticos
Uma primeira consequência da descoberta é a possibilidade de controlar membros mecânicos a distância, novas próteses. O fato vai permitir um dia que a atividade elétrica do nosso cérebro se liberte definitivamente dos limites físicos impostos por nossos corpos. O cientista mostrou esse processo de ida e volta de informações entre um cérebro de verdade e um robô com os experimentos realizados em Aurora. A macaca foi ensinada a jogar videogame, estimulada com o prêmio de suco de laranja a cada acerto. Capaz de jogar durante horas, Aurora aprendeu a ganhar, inclusive a trapacear. Enquanto o animal aprendia a jogar, a tempestade cerebral produzida era registrada com computadores que criavam modelos matemáticos, extraindo os comandos responsáveis pelo movimento. Essa informação era enviada a outra sala onde um braço robótico aprendia a fazer os movimentos da Aurora pela decodificação dos modelos matemáticos. A macaca via numa tela esse braço robótico e foi incorporando-o como próprio. Quatro semanas depois, foi aprendendo a jogar imaginando os movimentos, sem a ação motora. É a própria tempestade elétrica que alimenta agora os 21 modelos que movimentam o braço robótico. O cérebro da Aurora conseguiu se livrar dos limites físicos e agir a distância, só pelo pensamento.

O cérebro, grande simulador
Para explicar a descoberta que demonstra o cérebro como um grande simulador, Nicolelis apresentou outra macaca, Idoya. O experimento que foi realizado com Idoya, a primeira macaca a andar como nós, de forma bipedal numa esteira, mostra sua atividade cerebral e seus padrões de locomoção enquanto caminha na esteira. Idoya realizava essa atividade na costa leste da Carolina do Norte, e sua atividade cerebral era enviada para Kyoto, no Japão, onde um robô decodificava a tempestade cerebral da primata. O robô era projetado na frente da macaca, e ela tinha assim a impressão de que eram suas próprias pernas. Com esse
experimento, o médico demonstra que uma simulação produzida por bilhões de neurônios interconectados se amplia, incorporando novas ferramentas como se fossem do próprio cérebro. O corpo passa a terminar agora nos limites da ferramenta que o cérebro controla.

O sonho de criar um corpo artificial
O conferencista explicou que o objetivo de todos os seus experimentos, além de estudar as tempestades do cérebro que mostram nossos desejos, experiências, temores, é usar a interface cérebro-máquina para reabilitar o movimento em casos de lesões medulares. Cérebros que ainda sonham em vasculhar o mundo e não podem realizar isso porque foram privados da função motora se beneficiarão de uma medula espinhal eletrônica possibilitada por uma veste robótica, um novo corpo que o paciente vai usar como seu. O engenheiro Gordon Cheng, colega de Nicolelis no Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke,
nos Estados Unidos, maior roboticista do mundo, é quem está criando essa veste

A cura do Mal de Parkinson
Outro dos resultados obtidos por Nicolelis e sua equipe tem a ver com a cura do Mal de Parkinson. Experimentos feitos em um camundongo parkinsoniano, que se encontrava paralisado, mostraram como o cérebro pode receber e processar ordens de movimento. O cientista explicou que o estado parkinsoniano nada mais é que uma crise epiléptica, em que neurônios dispam no mesmo momento. O cérebro precisa de caos, ordem demais é patológico. A sincronia perfeita é a paralisia. Se todos os neurônios disparam ao mesmo tempo, a diversidade que o cérebro precisa ter não ocorre. A solução foi produzir caos dentro da ordem cerebral do camundongo, e dessa forma os pesquisadores conseguiram que o animal recuperasse o movimento sem nenhuma medicação. Esses procedimentos poderão ser usados em futuro próximo em pacientes humanos para essa e outras doenças.
 
Conclusão: o futuro da neurociência
Para encerrar uma noite que o público demonstrou ser inesquecível, pela calorosa resposta de aplausos em pé ao conferencista, ele reservou os últimos minutos para afirmar que a neurociência do século XXI vai fazer muito pela humanidade. Mais do que explicar quem somos, e suscitar novas terapias, novas curas para doenças que afetam milhões de pessoas, a neurociência e a ciência em geral vão ser agentes de transformação social. Como exemplo dessa afirmação, Nicolelis falou do Instituto Internacional de Neurociências de Natal-Edmond e Lily Safra, em que funciona um arquipélago de conhecimento. Lá o método científico é ferramenta de formação de cidadãos. Segundo o médico, o Instituto está ligado ao mundo da neurociência por uma dimensão virtual que nucleia todos os que querem produzir esse tipo de conhecimento, sem fronteiras, que vai além das universidades, definidas por Nicolelis como castelos medievais. O Instituto é um experimento sociológico em que crianças de periferia provindas das piores escolas avaliadas pelo MEC aprendem ciência de ponta se divertindo em um grande parque de diversões. Elas aprendem fazendo robótica, ciência, tecnologia, informática. Inspiradas em Santos Dumont, o brasileiro que se propôs a voar e voou, as crianças aprendem que elas podem realizar seus próprios voos.