A HOMEOPATIA
NO BRASIL
Os primeiros
resquícios do movimento homeopático no Brasil, haviam surgido na Bahia, em 1818
quando Antônio Ferreira Françadeu
conhecimento da doutrina de Hahnemann à Faculdade Médico Cirurgica desse
estado. Em 1836 era apresentada à Faculdade de Medicina por Frederico Emílio John, estudante da Universidade de
Leipzig, que se transferira para o Rio de Janeiro, a primeira tese sôbre a
homeopatia - "Exposição da doutrina homeopática".
Em 1840,
chegava ao Rio de Janeiro Bento Mure, para ser o
verdadeiro iniciador da Ciência de Hahnemann em nossa terra. Tem a seu lado,
para enfrentar os inimigos das doses infinitesimais, João
Vicente Martins. Mais tarde, o Dr. José
da Gama e Castro, médico português, redator do "Jornal do
Comércio", publicou uma série de artigos de propaganda da homeopatia,
lembrando ao povo brasileiro, a presença do Dr. Mure.
Data de 1842, a criação do Instituto
Homeopático do Brasil, por iniciativa de Bento
Mure e Vicente
José Lisboa, outro divulgador da homeopatia. Fundada por esse
Instituto de acordo com a lei de 3 de outubro de 1844, aparecia a primeira
escola para o ensino oficial da homeopatia. Pouco tempo durou essa escola,
devido à discórdia entre seus dirigentes. Teve também duração efêmera a Academia
Médico Homeopática do Brasil que a substituiu.
Mais tarde, Saturnino
Soares de Meireles, notabilizou-se como adepto da doutrina de
Hahnemann em uma série de artigos publicados nas colunas do "Jornal do
Comércio", sob o título "Paralelo entre a Homeopatia ea
Alopatia". A ele devemos a fundação do Instituto Hahnemanniano Fluminense,
que em 1879 passou a denominar-seInstituto
Hahnemanniano do Brasil.
Referencia:
CARDOSO, Leontina - Licinio Cardoso seu Pensamento, sua Obra sua Vida Ed. Souza
RJ 1952.
HOMEOPATIA NO BRASIL
Em 1841, Benoit-Jules Mure (que passou a ser conhecido como Bento Mure) fundou a Escola Homeopática do Rio de Janeiro. Em 1842, surge o Instituto Homeopático de Saí (Santa Catarina) e abre-se a primeira farmácia homeopática do Rio de Janeiro (fundada por Bento Mure e João Vicente Martins).
Três anos após, é criada a Escola Homeopática do Brasil, sob a direção de João Vicente Martins, a qual, em 1847, é substituída pela Academia Médico-Homeopática do Brasil.
Bento Mure recebeu severas críticas no meio médico, por tentar difundir idéias totalmente desconhecidas no país. Desgostoso com a situação, optou por sair do Brasil sete anos após sua chegada, deixando, entretanto, a semente lançada (fez muitos discípulos que continuaram seu trabalho).
Entre os grandes nomes brasileiros que se tornaram adeptos da homeopatia, durante sua implantação no Brasil, podemos citar11,13: João Vicente Martins (1810-1854); Domingos de Azevedo Duque-Estrada (1812-1900); Sabino Olegário Ludgero Pinho (1820-1869); Maximiano Marques de Carvalho (1820-1896); Antônio do Rego (1820-1896); Saturnino Soares de Meireles (1828-1909); Manuel Antônio Marques de Faria (1835-1893); Alexandre José de Melo Morais (1843-1919); Joaquim Duarte Murtinho (1848-1911); Cássio Barbosa de Resende (1879-1971).
Em 1858, o Hospital da Ordem Terceira da Penitência abriu uma enfermaria homeopática, seguida pelo Hospital da Beneficência Portuguesa (1859), Hospital da Ordem Terceira do Carmo (1873), Santa Casa de Misericórdia (1883), Hospital Central do Exército (1902) e Hospital Central da Marinha (1909).
No início do século (1914), Licínio Cardoso fundou no Rio de Janeiro a Faculdade Hahnemanniana e, a ela anexo, o Hospital Homeopático do Rio de Janeiro (atualmente Escola de Medicina e Cirurgia da Uni-Rio, essencialmente alopática).
Em 1966, durante o governo de Castello Branco, foi decretada obrigatória a inclusão da Farmacotécnica Homeopática em todas as faculdades de Farmácia do Brasil. Em 1977, foi publicada a primeira edição oficial da Farmacopéia Homeopática Brasileira. Em 1980, o Conselho Federal de Medicina reconheceu oficialmente a homeopatia como especialidade médica, deixando, assim, de ser uma "terapia alternativa".
Em 1841, Benoit-Jules Mure (que passou a ser conhecido como Bento Mure) fundou a Escola Homeopática do Rio de Janeiro. Em 1842, surge o Instituto Homeopático de Saí (Santa Catarina) e abre-se a primeira farmácia homeopática do Rio de Janeiro (fundada por Bento Mure e João Vicente Martins).
Três anos após, é criada a Escola Homeopática do Brasil, sob a direção de João Vicente Martins, a qual, em 1847, é substituída pela Academia Médico-Homeopática do Brasil.
Bento Mure recebeu severas críticas no meio médico, por tentar difundir idéias totalmente desconhecidas no país. Desgostoso com a situação, optou por sair do Brasil sete anos após sua chegada, deixando, entretanto, a semente lançada (fez muitos discípulos que continuaram seu trabalho).
Entre os grandes nomes brasileiros que se tornaram adeptos da homeopatia, durante sua implantação no Brasil, podemos citar11,13: João Vicente Martins (1810-1854); Domingos de Azevedo Duque-Estrada (1812-1900); Sabino Olegário Ludgero Pinho (1820-1869); Maximiano Marques de Carvalho (1820-1896); Antônio do Rego (1820-1896); Saturnino Soares de Meireles (1828-1909); Manuel Antônio Marques de Faria (1835-1893); Alexandre José de Melo Morais (1843-1919); Joaquim Duarte Murtinho (1848-1911); Cássio Barbosa de Resende (1879-1971).
Em 1858, o Hospital da Ordem Terceira da Penitência abriu uma enfermaria homeopática, seguida pelo Hospital da Beneficência Portuguesa (1859), Hospital da Ordem Terceira do Carmo (1873), Santa Casa de Misericórdia (1883), Hospital Central do Exército (1902) e Hospital Central da Marinha (1909).
No início do século (1914), Licínio Cardoso fundou no Rio de Janeiro a Faculdade Hahnemanniana e, a ela anexo, o Hospital Homeopático do Rio de Janeiro (atualmente Escola de Medicina e Cirurgia da Uni-Rio, essencialmente alopática).
Em 1966, durante o governo de Castello Branco, foi decretada obrigatória a inclusão da Farmacotécnica Homeopática em todas as faculdades de Farmácia do Brasil. Em 1977, foi publicada a primeira edição oficial da Farmacopéia Homeopática Brasileira. Em 1980, o Conselho Federal de Medicina reconheceu oficialmente a homeopatia como especialidade médica, deixando, assim, de ser uma "terapia alternativa".
faculdade de medicina
homeopática do Rio Grande do sul
A Faculdade de Medicina Homeopática do Rio
Grande do Sul, foi criada em
Porto Alegre ,em janeiro de 1914,com base na Lei Orgânica de
Ensino Rivadávia Corrêa, de 1911, que concedia autonomia didática e administrativa
aos estabelecimentos de ensino. Profissionais de diversas áreas estiveram
presentes na sua inauguração, no dia 2 de março daquele ano, como membros da
Escola de Engenharia, da Escola de Direito e da Faculdade de Medicina de Porto
Alegre, além do representante do presidente do estado, Borges de Medeiros.
Sediada na rua Riachuelo, 301,
a Faculdade ministraria os cursos de medicina e
farmácia, sendo professores: Egídio Itaqui, Diógenes Monteiro Tourinho, Adolfo
Stern,Alfredo Ludwig,João Landell de Moura, Sabino Menna Barreto, Jorge
Murtinho, Ignacio Capistrano Cardoso, Edison Fagundes Barcelos, Euclydes
Goulart Bueno, Padre Roberto Landell de Moura entre outros. Vários deles eram
médicos formados pelas faculdades de medicina oficiais, não seguindo uma
orientação homeopata. Seus principais fundadores foram Ignácio Capistrano
Cardoso, Sabino Menna Barreto, Manoel de Faria Corrêa e Alfredo Ludwig, sendo
que nem todos eram homeopatas.
Contando com o apoio do governo do estado, foi eleito diretor-presidente da instituição, Euclydes Goulart Bueno.
Contando com o apoio do governo do estado, foi eleito diretor-presidente da instituição, Euclydes Goulart Bueno.
No entanto, no mesmo ano da fundação da
instituição a partir de um desentendimento que levou Ignácio Cardoso a pedir
sua exoneração, o corpo docente se dividiu, provocando a cisão da instituição
em duas: Faculdade de Ciencias Médicas e Escola Médico-Cirúrgica de Porto
Alegre, nenhuma das duas de orientação homeopática.
(foto de Glaci Loureiro: sede da Escola Médico Cirúrgica de Porto Alegre no ano de 1939 na rua General Portinho 426. Fonte revista Máscara acervo do MUHM)
(foto de Glaci Loureiro: sede da Escola Médico Cirúrgica de Porto Alegre no ano de 1939 na rua General Portinho 426. Fonte revista Máscara acervo do MUHM)
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