Cinchona officinalis é o nome oficial da China ou Quina, córtex de árvores da família das rubiáceas, que crescem em regiões tropicais da América, nas cadeias de montanhas formadas pela Cordilheira dos Andes. Em 1630, quando o rei Felipe reinava na Espanha, a esposa de um poderoso Senhor da longínqua colônia espanhola, a condessa de Chinchón, estava muito enferma dessa febres tenazes comuns nessas terras. O corregedor espanhol de Loja, cidade do Equador, Don Juan López Cañizares, ouvira dos índios da região sobre o poder de certo arbusto da selva que tinha o poder de curar as febres nessas terras selvagens. O arbusto era chamado, "Palo de Calenturas"devido a essa propriedade. O corregedor ofereceu à condessa de Chinchón um pouco desse córtex. A nobre dama se curou. Desde então a planta foi chamada Chinchona,( referente a Condessa de Chinchón) que é hoje o termo latino com que os botânicos designam a Quinina.
O marido da enferma era vice-rei do Perú, por isso a cura com a planta misteriosa, teve grande ressonância, embora os indígenas já a usassem com êxito ha muitos anos.
Quando retornou à Espanha, a Condessa de Chinchón levou uma provisão da planta preciosa, e assim el "Polvo de la Condessa" ficou muito conhecido na Europa.
Os jesuítas da Companhia de Jesus comercializaram a planta durante meio século e o "Polvo de la Condessa" se converteu no "Polvo de los Jesuítas".
Existem numerosas espécies de quinina, muito diferentes em seus efeitos. Para as preparações homeopáticas se usa ùnicamente a Quinina Calisaya ou quinina amarela real.
Independentemente de seu grande valor terapêutico, este medicamento apresenta um interêsse histórico particular: estudando este remédio, Hahnemann teve pele primeira vez a intuição do "simília similibus curantur"; foi o primeiro medicamento que experimentou o Mestre, e dessa experiência nasceu a homeopatia.
(LATHOUD - Matéria Médica Homeopática-ed. Albatroz, 1977 Buenos Aires )