quarta-feira, 27 de maio de 2009

Boletim Homeopático - As novidades na homeopatia

Boletín Homeopático 3/2009
As novidades na homeopatia ( de Zoe Holden - Barcelona)
"Faz pouco tive o prazer de assistir a um seminário do químico-homeopata holandês Jan Scholten. O seminário tratava sobre os Lantanídeos secretos, uma série de elementos da tabela periódica desconhecida do mundo da homeopatia até há pouco tempo.Scholten leva anos trabalhando com estes medicamentos homeopáticos e conseguiu resultados impressionantes no tratamento das doenças AUTO-IMUNES, como pode ser o caso das alergias, a colite ulcerativa, a doença de Crohn, a vacinose, a artrite reumatóide, a esclerose múltipla ou a Aids, entre outras.
Em homeopatia, cada medicamento tem certas características especiais que descrevem como a pessoa que necessita dito medicamento experimenta não só a doença, mas também a vida. O interessante dos lantanideos é que as pessoas que costumam beneficiar-se de seus efeitos tem uma característica comum: compartem um grande desejo de AUTONOMIA. Como sabemos, "auto" provem do grego autos, e designa o próprio ou privativo de cada um, como podemos encontrar em palavras como autonomia, ou a capacidade de gestionar-se a si mesmo, ou nas doenças auto imunes. O desejo de conhecer-te a ti mesmo te conduz a descobrir teu mundo interior. Assim as pessoas que se beneficiam dos lantanideos tem a motivação de descobrir quem são na realidade. Buscam a liberdade, o que lhes motiva a desenvolver-se espiritualmente, com o desejo de obter o controle de si mesmos, o auto controle. Querem ser eles mesmos: buscam a individualidade e a individuação. Buscam descobrir seu mundo interior. Uma vez desequilibrados, tem tendencia a sofrer doenças que os forçam a depender dos demais. O que me encanta nestes medicamentos, é o vínculo inegável entre o autoconhecimento e as doenças auto imunes (que tratam de diferenciar entre o que é "eu" e o que é "externo"). Creio que são medicamentos muito importantes; dão resposta a muitos temas diários das consultas: o desejo de liberdade e independencia a busca para enfrentar a vida moderna, a autoreflexão, a sensibilidade e o autocontrole...e a um sem número de doenças "modernas". Espero poder empregar estes novos e maravilhosos medicamentos com maior assiduidade e de forma exitosa."
http://www.zoeholden.com/

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A classificação natural das drogas

Rajan Sankaran

Os medicamentos homeopaticos são classificados de acordo com a sua fonte em:
Reino Mineral
Reino Vegetal
Reino Animal
Nosódios
Sarcódios
Imponderáveis
O REINO MINERAL:Os temas centrais comuns aos medicamentosa do reino mineral são a estrutura e a organização, e os problemas dos remédios/personalidades minerais provém de uma ruptura nesta estrutura e organização, quebra de relações ou falhas no desempenho. Como personalidades, eles são muito sistemáticos e tendem a ser altamenta organizados. Os medicamentos minerais podem ser classificados em vários grupos:

Metais: os metais tem a ver com o desempenho e a defesa. A primeira linha de metais na tabela periódica preocupa-se com a defesa mais do que com o desempenho.Esta linha consiste do Manganês, Ferro, Cobalto, Níquel, Cobre e Zinco.
A segunda linha tem mais a ver com o desempenho do que com a defesa, e inclui o Ródio, Paládio, Prata, Cádmio, e o Índio.
Os elementos pertencentes à terceira linha apresentam as mais fortes questões sobre defesa/desempenho.Esta linha consiste dos metais mais pesados e inclui o Ósmio o Irídio, a Platina, o Ouro, o Mercúrio e o Tálio.
Cátions:O tema principal dos cátions, é sua necessidade de relacionamento.
O tema dos cátions no grupo IA é a formação dos relacionamentos. Estes cátions são o Sódio e o Potássio.
Para os cátions do grupo IIA, que são Magnésio, Cálcio, Estroncio, Bário, o tema é uma necessidade de suporte e apoio.
Os elementos do grupo II Boro e Aluminio, tem em comum um sentimento de confusão e uma sensação como se houvesse uma teia de aranha sobre o seu rosto.

Ânions:O principal tema entre os ânions é o esforço em ter ou manter uma relação. No grupo V, Phosphoro, Arsenico, Antimonio, Bismuto, o tema é o sentimento de não ser amado e de estar só.(medo de ficar sozinho, desejo de companhia, apegos)
Entre os elementos do grupo VI, Sulphur e Selenio, observamos os sintomas:aversão à companhia e incapacidade para o trabalho.
O grupo VII contem os Halogenios, Fluoretos, Cloro, Brometos, Iodo. Eles tem o sentimento de serem enganados e traídos.
O grupo IV contém os elementos não metálicos Carbono e Silica cuja caracteristica é a não
reatividade.
Sais: Um sal representa uma união de duas qualidades que equilibram uma a outra e conjuntamente são apropriadas em certas situações da vida. Dos dois componentes de um sal, o cátion precisa formar uma relação enquanto os ânions parecem repelir um relacionamento. Por exemplo a qualidade do Natrum é um forte desejo de formar um relacionamento, tanto que qualquer rejeição causaria uma dor e um desapontamento tremendos.
Esta necessidade do Natrum precisa ser equilibrada por uma qualidade de esperar desapontamento e rejeição e a não disposição em formar relacionamentos. Isto é fornecido pelo elemento muriaticum(cloro). Portanto o Natrum Muriaticum é um sal básico pois ele representa a necessidade do homem de formar relacionamentos e ao mesmo tempo, a capacidade de tolerar rejeições.
Ácidos: O tema principal do grupo ácido é uma luta seguida por um colapso.Representa um constante esforço na situação daquele elemento. Por exemplo, o principal sentimento do Phosphorus é que ele não é amado e ele reage a esse sentimento sendo afetuoso amigavel e compassivo na esperança de que seu amor e cuidado sejam retribuidos.
Quando esse esforço para cuidar dos outros torna-se constante, o estado é de Phosphoricum Acidum.
Palavras empregadas:Meu relacionamento. Minha casa/familia.Minha conta corrente. Minha saúde.Meu desempenho.Meu trabalho. Minhas articulações. Minha pele. Meus nervos.
Medos: ruptura das estruturas, falhas no desempenho, de perder alguma coisa.
O REINO ANIMAL
Nos medicamentos animais ha um conflito que tem a sua base em uma divisão no self. Existem dois lados diferentes de tais personalidades; o lado animal e o lado humano. O lado animal se preocupa com a competição (que é a chave da sobrevivencia no mundo animal). Há necessidade de se atrair a atenção e estas personalidades são atraentes no seu comportamento e aparencia. Eles também podem ser enganosos malévolos e agressivos, e estas qualidades podem ser atribuidas ao seu lado animal. O seu lado humano, por outro lado, parece desprezar o animal interior. A meneira como eles se sentem a respeito de si mesmos frequentemente reflete-se nas expressões que podem ser "pelos seres humanos" "os humanos são tão cruéis" "eu me sinto dividido", "eu pulei em cima dele" "eu não sou bom o suficiente". Enquanto os principais problemas dos medicamentos aniamis provem deste conflito, eles geralmente são afetados por desapontamentos no amor e no desempenho, por serem desprezados, por serem atacados. Entre os medicamentos animais, temos grupos e classes diferentes: cobras, insetos, mamíferos etc., cada um com seus padrões caracteristicos.
Palavras empregadas: "Meus sentimentos". "Pelos seres humanos". "Eu pulo em cima deles". "Eu vou bater neles". "Ela é melhor do que eu". "Eu não sou bom o suficiente". "Eu não me aceito". "Eu me sinto dividido". "Os seres humanos são tão crueis".
Queixas; problemas no seu poder de atração e na sua competitividade.
Sonhos: animais, cobras, buscas, ser atacado, amorosos, voando.
O REINO VEGETAL: A qualidade básica de uma planta é a sua sensibilidade. Ela é um organismo vivo, enraizado no solo, incapaz de mover-se. Para sobreviver, ela precisa ser sensível às alterações no ambiente externo e também capaz de se adaptar a essas mudanças, pois ela não consegue se mover dali. Estas caracteristicas também são descritivas daqueles que precisam de um medicamento vegetal.
Eles tem uma natureza sensível, afetada por muitas coisas e ajustando-se/adaptando-se a elas.
Eles apresentam as suas queixas de um modo desorganizado, frequentemente falando no meio delas sobre as queixas de outras pessoas e descrevendo as suas de maneira incompleta, sem nenhuma ordem em particular. Eles sentem a maioria das coisas intensamente e são muito descritivos. As queixas são de inicio rápido e de natureza mutável, com muitas modalidades; elas geralmente estão relacionadas com esta sensibilidade.
As expressões que eles empregam são: "Eu sou afetado por/sensível a" "Isto me machuca" "Isto me toca" "Eu não consigo tolerar". Os seus sentimentos são as coisas mais importantes para eles, e o medo de ser machucados também. Mesmo os seus sonhos são influenciados pelas ocorrencias cotidianas.Os sonhos são variados: com plantas, vegetação, natureza, música, arte. O fator causal frequentemente é o esforço excessivo ou dano emocional ou físico.
OS NOSÓDIOS
O tema dos nosódios é o desespero, e este desespero é expresso em todas as esferas da vida de uma pessoa que precisa de um destes remédios. A sua maneira de encarar as coisas e reagir a elas é sempre desesperada. Os nosódios são preparados a partir de um tecido doente. Este tecido está completamente sob o domínio da infecção, sobrepujado pela infecção, de modo que as qualidades mais básicas da infecção ou dos processos infecciosos são manifestados nos nosódios. No caso da escabiose, o tecido terá as qualidades da infecção escabiótica - o principal sintoma da escabiose é um intenso prurido - é uma luta constante com um extremo desconforto. O nosódio é preparado a partir do tecido escabiotico derrotado - Psorinum manifesta esta luta. A indicação para um nosódio reside no processo, ao invés de em qualquer esfera de vida em particular. Por exemplo, onde há uma intensa luta com qualquer problema, seja este dinheiro, aceitação, religião ou amor, o remédio indicado é Psorinum. O problema aqui é de carater indiferenciado, mas se o problema for específico, por exemplo se a luta tiver algo a ver com ego e dinheiro, o remédio indicado é Sulphur, um dos antipsóricos mais conhecidos. Para uma explicação mais detalhada referencio ao livro "The Substance of Homeopathy"(A Substancia da Homeopatia)

domingo, 24 de maio de 2009

Imagem do médico Caldre Fião


Finalmente consegui uma imagem do médico Jose Antonio do Valle o Caldre Fião. Essa imagem me foi gentilmente enviada por Rosário de Almeida Capella, diretora da Escola Dr. Caldre Fião de São Leopoldo.

Conde Des Guidi - O introdutor da homeopatia na França



A homeopatia foi introduzida na França no ano de 1830 e o mérito pertence ao Conde Des Guidi. Esta é uma curiosa história, que merece ser contada.
O Conde Des Guidi, napolitano de origem, naturalizado francês, vivía em Lyon. Aos 51 anos, se dedicou à medicina para cuidar de sua mulher que sofria à vinte anos. Dizem que não foi mais exitoso que seus colegas. Em uma ocasião a levou às águas de Pouzzoles, perto de Nápoles, sem resultados. Ali se enterou que dois médicos napolitanos aplicavam uma nova terapeutica com a qual obtinham verdadeiras ressureições. Confiou sua enferma a um deles e ela foi curada. Maravilhado com o resultado, se pos a estudar as obras de Hahnemann. Dois anos depois, o Conde Des Guidi praticava a homeopatia. Tinha 62 anos. Ardente propagador, o primeiro núcleo de homeopatas franceses se constituiu em Lyon. Pouco depois, as idéias novas se propagaram até Paris. O Conde Des Guidi pode sentir os benéficos resultados de sua propaganda, já que morreu aos 94 anos de idade.
Samuel Hahnemann, su vida, sus ideas

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A profundidade da homeopatia


A profundidade da homeopatia (Rajan Sankaran)
Nos anos iniciais de minha prática, comecei a procurar por um método que pudesse produzir resultados consistentes e bem sucedidos em cada caso. Nenhuma pessoa pode conhecer todas as coisas e minha tentativa por melhor e mais consistente resultado é um processo contínuo. Nos vinte e um anos de minha prática, esse processo resultou em uma mudança da repertorização mecânica de casos após selecionar uns poucos sintomas característicos, usando sintomas mentais e gerais, para a compreensão do distúrbio central, percebendo o estado mental e descobrindo o conceito de doença como uma ilusão, e mais tarde para um conhecimento mais profundo de miasmas e a classificação por reinos e finalmente desenvolvendo um sistema de prescrição onde todos esses conceitos se adaptam, descobrindo a sensação comum em cada família de plantas e mais recentemente por uma compreensão dos vários níveis de experiência. Estudar as famílias de plantas foi um marco na minha compreensão da doença e meu conceito anterior da doença como uma ilusão e a subseqüente ênfase ao estado mental, deram lugar a uma compreensão da doença como uma sensação vital que é comum à mente e ao corpo. Esse distúrbio comum parece mais representativo do distúrbio da força vital do que o eram as ilusões. Recentemente esse último conceito também sofreu alguma metamorfose com a descoberta de alguma coisa mais profunda na Sensação Vital.
Com a ênfase nas sensações pude notar que os pacientes frequentemente usavam gestos com as mãos para descrever sensações.e quando comecei a prestar atenção nesses gestos, compreendi que sòmente algumas vezes eles eram indicativos de uma sensação; outras vezes eles poderiam indicar a ilusão e em outras vezes, eram sòmente padrões que não podiam ser reduzidos a uma experiência nervosa ou emocional. Como sensações, esses padrões também não podiam ser localizados nem na mente nem no corpo; eles eram muito mais gerais. Então, o que o paciente estava demonstrando com isso era principalmente movimento, algumas vezes junto com forma, cor e velocidade. Esses padrões me pareceram ser representativos de energia. E o domínio da energia é ainda mais profundo do que a sensação.
Eu compreendi então que a ilusão era sómente um nível dentro de um espectro de vários níveis.

O conceito de nível é aplicável universalmente, e também na homeopatia. Ele indica não somente o nível no qual o paciente experimenta sintomas, mas também os vários níveis de toda a experiência humana. Além disso, a consciência humana está em um estado de crescimento contínuo, e o nível é indicativo da evolução do mais superficial ao espiritual que é o objetivo último do ser humano. Os níveis são sete e do mais superficial ao mais profundo, são os seguintes:
1-Nome
2-Fato
3-Emoção
4-Ilusão
5-Sensação
6-Energia
7-O sétimo Nível
Para melhor compreensão dos diferentes níveis,vamos exemplificar como a religião pode ser experienciada em cada nível: A experiência mais superficial da religião limita-se a identificar-se como Hindu ou Católico etc(nivel 1 nome)...No nível factual a experiência é também superficial, limitando-se a orações diárias, rituais etc.(nível 2 fato).Num nível mais profundo a religião pode ser uma experiência emocional com sentimentos de alegria, calma, segurança ou dependência (nível 3:emoção). Ela pode ser uma necessidade ilusória em uma pessoa que se sente perdida em um deserto; a religião pode faze-la encontrar-se (nível 4 ilusão). Algumas pessoas podem perceber sensações tais como ligação, união etc..(nível 5 sensação).No nível mais profundo ou na forma abstrata a religião pode ser experienciada como energia espiritual(nível 6 energia).
Os níveis na prática homeopática
Nível 1- Nome: é o nível mais superficial da prática homeopática, é a prescrição baseada no diagnóstico da doença (patologia).
Nível 2 – Fato: neste nível, a prescrição leva em conta os sintomas da doença.
Nível 3 – Emoção: neste nível, prescrevemos para o estado emocional do paciente.
Nível 4 – Ilusão
Nível 5 – Sensação
Nível 6 - Energia
Os níveis e a homeopatia
Assim como qualquer fenômeno a experiência da doença também pode se dar em vários níveis. Um paciente com um câncer extensivo pode aceitar o fato de maneira que não experimente emoções tais como ansiedade, medo ou mágoa, mas sòmente sintomas relacionados a esse problema. Para ele a experiência da sua doença não é mais que um fato; ele tem um câncer e tem que aceitar isso como um fato (nível 2). Por outro lado uma jovem com artrite reumatóide pode sentir uma grande ansiedade pelo futuro. Se você observá-la a ansiedade pode ser o achado mais importante e pode-se mesmo dizer que sua doença é ansiedade pelo futuro em lugar de artrite porque ela experimenta a artrite como ansiedade. A dor e a limitação do movimento podem ser sentidas como ansiedade:o nível em que ela sente a sua doença, é o da emoção (nível 3) Uma outra jovem com eczema pode ter medo de ser rejeitada pela sociedade devido ao seu problema. Sintomas como prurido e descamação, mesmo estando presentes, não são tão importantes como seu medo imaginário de ser rejeitada.O seu eczema é sentido como uma ilusão,(nível IV) Um homem com asma brônquica pode experimentar a sensação de ser oprimido e essa sensação pode emergir também no plano mental. Aqui, o que importa é a sensação que é comum à mente e ao corpo.A asma é experimentada como a sensação de estar sendo oprimido e em outras áreas de sua vida ele pode experimentar a mesma sensação(nível V)
Em uma criança com resfriados recorrentes e tosse podemos observa-la correndo num lugar continuamente, movendo-se constante e rápidamente.Essa criança pode nem mesmo sentir o resfriado e a tosse, mas somente a energia que a compele a correr. Seu nível de experiência é o da energia (nível VI.).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

CURSO DE HOMEOPATIA - Marcelo Pustiglione




O dr. Marcelo Pustiglione é livre docente em Clínica Homeopática da UNIRIO, e professor responsável pela disciplina "Estudos avançados do organon de curar", oferecida pela Universidade Fernando Pessoa em Lisboa Portugal.
(clique na imagem para melhor visualizar)
O curso ESTUDOS AVANÇADOS DO ORGANON DA ARTE DE CURAR, será no INCOR em São Paulo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA DO RGS - MUHM


Lançamento do Catálogo do MUHM marca Dia Internacional dos Museus e 78 anos do SIMERS
Na próxima segunda-feira (18) será lançado o Catálogo do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM), marcando o Dia Internacional dos Museus e as comemorações dos 78 anos do Sindicato Médico do RS (SIMERS), mantenedor do museu. O catálogo tem a apresentação feita pelo ministro da Saúde José Gomes Temporão e patrocínio da Unicred. O evento acontece às 18 horas na sede do MUHM, na Avenida Independência, 270. Segundo o diretor do museu, o historiador Éverton Quevedo, este é o primeiro catálogo publicado pelo MUHM, que traz a público parte de seu acervo. “O museu já soma mais de 10 mil documentos, 5 mil livros e 2 mil peças, e o catálogo, na medida em que é um instrumento de pesquisa, facilita o trabalho de quem estuda a História da Medicina”, relata o diretor. O catálogo, de acordo com o historiador, apresenta uma seleção deste acervo que é dividida entre os capítulos Anatomia e Fisiologia Humana; Medicina de Laboratório, Microscopia; Semiologia, a arte de diagnosticar; Terapêuticas; Medicamentos; Cirurgia; Instituições e Ensino; e Medicina local.

terça-feira, 12 de maio de 2009

CASO CLÍNICO DE SANKARAN


Esse texto foi traduzido de uma entrevista na Internet com o Dr. Sankaran

Caso de 1986: Homem de 58 anos que teve um ataque cardíaco. Êle também tinha hipertensão e úlcera diabética. Particularmente, êle tinha uma úlcera muito grande cobrindo a maior parte do dorso do pé, e tinha sido aconselhado a amputar o pé. Mas, devido à sua história, a operação era de alto risco, então a cirurgia foi deixada de lado.Os ossos de seu pé(metatarsicos) estavam em osteólise.
Êle era um fiscal do imposto de renda. Era conhecido por ser responsável e correto e era um exemplo de honestidade e dedicação.Mesmo seus chefes temiam sua correção e alto senso de responsabilidade.
Seu ataque cardíaco aconteceu assim: êle conduziu uma operação de busca e captura, e encontrou alguns papéis incriminando o grupo em questão. Êle guardou os papéis em seu escritório. No dia seguinte, os papéis haviam sumido. Êle sentiu que a sua reputação estava em jogo e ficou extremamente preocupado que sua reputação pudesse ser manchada. Em consequência disso, êle moveu céus e terra para ter esses papéis de volta, e finalmente conseguiu! Mas nesse dia à noite, êle teve o ataque cardíaco.
Tendo compilado essas informações, eu dei-lhe Aurum metallicum 200. Êle mostrou melhora em seu estado geral e na úlcera. Uns dois meses após o remédio, foi repetido um RaioX das partes afetadas. Os ossos que haviam se dissolvido, reapareceram.

Comentário do Dr. Sankaran sôbre o caso:

É um caso mineral. É sôbre desempenho, habilidade e a necessidade de manter uma posição. Nos minerais, a questão é sôbre estrutura; o que tenho ou não tenho, o que irei perder. É sôbre a completude ou incompletude do ser. Estarei perdendo minha completude? O problema é com o Self.
Na tabela periódica dos elementos, os minerais estão colocados em linhas(períodos) e colunas(grupos) de acordo com a sua configuração atômica, e estas linhas e colunas possuem características comuns. Cada linha(período) representa um estágio do desenvolvimento do ser humano. Por exemplo, a primeira linha é o estágio da concepção, a segunda da vida fetal, a terceira da infância, a quarta da segurança e trabalho, a quinta da criatividade e desempenho, e a sexta da responsabilidade. O caso mencionado de Aurum é da sexta linha.(clique na tabela para aumentar)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CRONICA DE MACHADO DE ASSIS DE 2 DE JULHO DE 1883


SABE-SE que a Sociedade Portuguesa de Beneficência acaba de abrir uma enfermaria à medicina dosimétrica. Este é o nome, creio eu; e não há por onde trocar os nomes às coisas, que já os trazem de nascença.
Mas não basta abrir enfermarias; é útil explicá-las. Se a dosimetria quer dizer que os remédios dados em doses exatas e puras curam melhor ou mais radicalmente, ou mais depressa, é, na verdade, grande crueza privar os restantes enfermos de tão excelso benefício. Uns ficarão meio curados, ou mal curados, outros sairão dali lestos e pimpões; e isto não parece justo.
Note-se bem que eu não ignoro que os doentes, por estarem doentes, não perdem o direito à liberdade; mas, entendamo-nos: é a liberdade do voto, a liberdade de consciência, a liberdade de testar, a liberdade do ventre (teoria Lulu Sênior); por um sentimento de compaixão, a liberdade de descompor. Mas, no que toca aos medicamentos, não! Concedo que o doente possa escolher entre a alopatia e a homeopatia, porque são dois sistemas, — ou duas escolas, — a escola cadavérica (versão Maximiano) e a escola aquática. Mas não tratando a dosimetria senão da perfeita composição dos remédios, não há, para o doente, a liberdade de medicar-se mal. Ao contrário, este era o caso de aplicar o velho grito muçulmano: — crê ou morre.
Se, ao menos, a própria dosimetria permitisse o uso de ambos os modos, as doses bem medidas, e as doses mal medidas, tinha a enfermaria uma explicação. E não seria absurdo. Conheci um médico, que dava alopatia aos adultos, e homeopatia às crianças, e explicava esta aparente contradição com uma resposta épica de ingenuidade: — para que hei de martirizar uma pobre criança? A própria homeopatia, quando estreou no Brasil, teve seus ecléticos; entre eles, o Dr. R. Torres e o Dr. Tloesquelec, segundo afirmou em tempo (há quarenta anos) o Dr. João V. Martins, que era dos puros. Os ecléticos tratavam os doentes, "como a eles aprouvesse". É o que imprimia então o chefe dos propagandistas.
Mas a dosimetria é contrária a esses tristes recursos. Parece mesmo que esta nova religião ainda não passou do vers. 18, cap. IV, de São Mateus, que é o lugar em que Jesus chama os primeiros apóstolos, Pedro e André: "Vinde após mim, e farei que sejais pescadores de homens". Não há ainda tempo de ter hereges nem cismáticos: está nas primeiras pescas de doentes.
O único ponto em que a escola dosimétrica se parece com a homeopática é na facilidade que dá ao doente de tratar-se a si mesmo; mas isto não quer dizer que tenha de cair no mesmo abuso do ecletismo. Quer dizer que a ciência, como todas as moedas, tem seus trocos miúdos. Dois amigos meus andam munidos de caixas dosimétricas; ingerem isto ou aquilo, conforme um papelinho impresso, que trazem consigo. Levam a saúde nas algibeiras, chegam mesmo a distribuí-la aos amigos.
Lá que isto seja novo, é o que nego redondamente. O autor destas vulgarizações parece ser um certo Asclepíades, contemporâneo de Pompeu. Esse cavalheiro era mestre de eloqüência, mas sentindo em si outros talentos, estudou a medicina, criou uma arte nova, e anunciou cinco modos de cura aplicáveis a todas as enfermidades. Estão ouvindo? Cinco, nem mais uma pílula para remédio. Essas drogas eram: dieta, abstinência de vinho, fricções, exercício a pé e passeios de liteira. Cada um sentia que podia medicar-se a si próprio, escreve Plínio, — e o entusiasmo foi geral. Tal qual a homeopatia e a dosimetria. Nem uma nem outra tocou ao sublime daquele Asclepíades, que, segundo o mesmo autor, encontrando o saimento de um desconhecido, fez com que o inculcado morto não fosse deitado à fogueira levou-o consigo e curou-o; mas, em suma, aguardemos o primeiro freguês que a escola cadavérica remeter para a Jurujuba.
Voltando ao ponto, espero que a direção da Beneficência atenda aos meus conselhos. Não negue a cem doentes o que tão liberalmente distribui a sete ou quinze. Que o semelhante cure ao semelhante, ou o contrário ao contrário, são afirmações que se excluem; mas, contrário ou semelhante, é de rigor que as doses sejam as mesmas.
Obtido em

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MUSEU

Para quem gosta de História da Medicina, vale a
pena visitar a exposição on line do Science Museum de Londres (em inglês, of course!).
A exposição possui um vasto conteúdo que vai
desde a Antiguidade até o século XX.
Brought to Life - Exploring the History of Medicine
http://www.sciencemuseum.org.uk/broughttolife.aspx
Imagem -Itália, vasos de farmácia (1530-1680)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

SITUAÇÕES AGUDAS DURANTE O TRATAMENTO CRÔNICO - Rajan Sankaran



Há cinco categorias de apresentações agudas:

1) O paciente vem diretamente na fase aguda.
Aqui, necessitamos compreender o estado agudo como parte do estado profundo do paciente e usar a oportunidade para encontrar o remédio global do caso, que será o remédio mais efetivo na situação aguda.

2) O paciente vem numa fase aguda durante um tratamento crônico que está indo bem.
Aqui nos precisamos buscar a peculiaridade na fase aguda e buscar o nível da sensação.
Frequentemente iremos achar a mesma sensação do remédio que o paciente já está tomando.
Teremos de verificar a lei de Hering. Devemos ver também qual potência e repetição o paciente necessita.


3) O paciente vem numa fase aguda, durante um tratamento crônico que não está indo bem.
O paciente está sendo tratado para uma condição crônica que não está indo bem. Quando êle vem com uma doença aguda, esta é a melhor chance de encontrar o remédio que irá ajudá-lo.

4) O paciente vem numa fase aguda, durante um tratamento crônico que está indo bem, mas o quadro é muito diferente.
Aqui devemos estudar a situação aguda na sua totalidade no momento e ver qual a indicação. O paciente pode necessitar um remédio diferente na fase aguda. Isto pode acontecer em casos cujo remédio que está sendo usado como seu remédio, possua ritmo lento como Calcárea Carbonica, Baryta Carbonica, etc. Em situações agudas esses pacientes podem necessitar outro remédio cujo quadro é diferente do crônico. Por exemplo, uma criança Calcárea Carbonica que desenvolve um espasmo agudo de pulmão com respiração difícil, tosse etc. pode necessitar Antimonio Tartárico ou Arsenicum Album para a fase aguda.Depois ela irá apresentar os sintomas do remédio anterior que será novamente usado.


5) Causas agudas
Ferimentos, queimaduras, falta de sono prolongada, cirurgias, extração ou tratamento dentário etc. e outros fatores podem produzir um quadro temporário que necessite remédios que possuem esse quadro exato como Arnica, Cocculus etc.


http://www.minimum.com/interviews/sankaran1.html

A FEBRE AMARELA NO BRASIL - HISTÓRIA


Quando falamos de epidemias na história do Brasil, a primeira a ser lembrada é a febre amarela. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, chegou ao Brasil no século XVII em navios que vinham da África. Os primeiros casos datam de 1685, no Recife, e de 1692, na cidade de Salvador.
Durante o século XVIII, não foram relatados casos dessa doença no Brasil. Ela retornou apenas entre 1849 e 1850, na forma de uma grande epidemia, que atingiu quase todo o país. Uma das cidades mais atacadas foi o Rio de Janeiro.
O mosquito Aedes aegypti.
Esse surto epidêmico obrigou o Império a tomar providências que podem ser consideradas de saúde pública. O governo, por meio de um decreto, tentou limpar as cidades purificando o ar. Mas, mesmo assim, a febre amarela continuou a atacar. Não se imaginava que a causa da doença era um mosquito. Depois de 1850, ela se tornou endêmica no Rio de Janeiro.
O número de vítimas aumentou assustadoramente. Entre 1880 e 1889, foram registrados 9.376 casos.
A solução para a febre amarela surgiu apenas no final do século XIX. Até essa época, as teorias sobre a doença eram inúmeras. No Brasil, acreditava-se que o clima, o solo e os ares poderiam ser propícios ao seu surgimento; por isso a idéia de limpar o ar. Foi em Cuba que um cientista descobriu que a febre amarela era transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Oswaldo Cruz já tinha conhecimento do trabalho desenvolvido em Cuba e, quando iniciou sua luta para acabar com a febre amarela na cidade do Rio de Janeiro, recebeu amplo apoio do presidente Rodrigues Alves, que havia perdido um dos filhos por causa dessa doença.
Esse apoio político foi muito importante para que a ação do sanitarista tivesse resultados, pois, nos meios científicos, muitos médicos não acreditavam que um mosquito era o transmissor da febre amarela.
Para combater a doença e o mosquito, Oswaldo Cruz dividiu a cidade em distritos e organizou as chamadas “brigadas mata–mosquitos”.
Pesquisa no Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz: Rose OliveyraIOC (AC-CS) 1-6
Brigadas mata-mosquitos vedam residência para aplicação de veneno contra o transmissor da febre amarela.(Foto)
As “brigadas” tinham o poder de invadir e isolar qualquer residência suspeita de abrigar focos do mosquito.
As medidas de profilaxia de Oswaldo Cruz tiveram características de uma campanha militar. Os doentes eram isolados, e a cidade ficou sob a constante vigilância das autoridades policiais e sanitárias.

terça-feira, 5 de maio de 2009

AÇÃO PELO SEMELHANTE


CURIOSIDADES




Máquinas de pulverizar(acima) e de agitar(ao lado) do DR.BENTO MURE.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA(SBI)

Com o propósito de ampliar o acesso às informações sobre doenças infecciosa e parasitárias, a Sociedade Brasileira de Infectologia lança website voltado especialmente à população em geral.
O endereço do novo portal é:
http://infectologia.org.br/publicoleigo/

FRASES DE HAHNEMANN



Frases de Hahnemann
- A Homeopatia repousa ùnicamente sobre a experiência.Imitai-me, mas imitai-me bem e vereis a cada passo a confirmação de minha afirmativa.
Samuel Hahnemann
-Quanto mais palpável é uma verdade, mais tempo requer para conquistar o lugar a que tem direito.Os obstáculos que se colocam em seu caminho, se devem a que essa verdade desencadeia ao seu redor um verdadeiro ódio.Pois, ela anuncia uma revolução, uma perturbação dos interesses existentes e dos lugares conquistados.Samuel Hahnemann
- Nossa arte com o tempo tornar-se-á o carvalho sagrado, o carvalho de Deus.Estenderá seus ramos enormes, inabaláveis nas tempestades. A humanidade que sofreu tantos males descansará sob sua sombra benéfica. -Samuel Hahnemann
- O agradável sentimento da consciência do dever cumprido recompensou-me plenamente e só me resta lamentar a massa dos espíritos cegos que fazem obstrução a qualquer verdade; não alimento, no entanto, nenhum sentimento de cólera contra eles. -Samuel Hahnemann
- Será que é mesmo possível acreditar que, no nosso século de Luz, uma obra fundamentada ùnicamente na experiência, como é o meu Organon da medicina racional, seja posta de lado pelas palavras sem sentido da velha escola, enquanto que sòmente contra-experiências e contra-experimentações a poderiam confirmar ou refutar ? Samuel Hahnemann
- Os mais inestimáveis tesouros são; a consciência irrepreensível e a boa saúde. O amor a Deus e o estudo de si mesmo oferecem uma; a homeopatia oferece a outra. -Samuel Hahnemann
- A única e elevada missão do médico é a de restabelecer a saúde do enfermo, que é o que se chama curar. Samuel Hahnemann

sábado, 2 de maio de 2009

HOMEOPATIA NA PREVENÇÃO DAS EPIDEMIAS - GRIPE


NOSÓDIOS
Nosódios ou Bioterápicos, são medicamentos homeopáticos produzidos basicamente a partir de material biológico. Historicamente surgiram no mesmo contexto da Homeopatia (Samuel Hahnemann) e das Vacinas Convencionais(Jenner 1749). Wilhen Lux, médico veterinário, frequentador da sociedade homeopática em Leipzig em 1831 é consultado por um criador de cavalos durante uma epidemia de Mormo. Prepara então um medicamento homeopático da própria secreção nasal do animal afetado ministrando a todo grupo doente na potência 30 CH, obtendo sucesso na cura da doença. Este processo de cura, isopatia, acaba por desencadear uma polêmica entre Lux e Hahnemann. Lux então torna-se o pioneiro na utilização deste processo terapêutico sendo autor do primeiro manual de veterinária Homeopatic Veterinarium Physician em 1936. www.robertocosta.org.br/index_.php

INFLUENZINUM
• Origem
O bioterápico Influenzinum é uma preparação bem
definida, cuja fonte vem do Instituto Pasteur proveniente de cultura
de duas variedades de vírus. A proporção desta mistura é de três partes
do vírus asiático e uma parte do grupo europeu.
A fonte fornecida pode variar, a cada ano, conforme os dados
epidemiológicos, e sòmente a fonte de referência fica constante.
Os nosódios a base de produtos gripais
surgiram após a gripe espanhola em 1918, e primeiro relato
foi de Pierre Schimdt (Genebra) com Influenzinum-
Espanhol, mas as fontes não foram precisadas.
Baseando-se em fenômenos epidemiológicos ocorridos em 1918,
durante a gripe espanhola, descritos por Pierre Schmidt, e em
1957, na gripe asiática, podemos observar a atuação relevante de
vários médicos homeopatas espalhados pelo mundo.
Além de històricamente eficaz a homeopatia é de
fácil obtenção e aplicação.
Deve ser considerado também o conjunto sintomático
mais freqüente constatado no decurso de uma epidemia, cuja droga
correspondente será o gênio medicamentoso desta epidemia,
segundo Romanach (1984).
Na gripe espanhola, o gênio epidêmico, na Europa, foi
Eupatorium perfoliatum, e na América do Sul, foi Gelsemium,
segundo Galhardo (1939).
Influenzinum usado em diluições, estimula
a reatividade imunológica, agindo de
forma profilática e curativa.Como profilático se usa Influenzinum 200CH (uma dose diária durante 10 dias), ou após haver contraído a gripe.
Outro bioterápico, Oscilococcinum, observado em
pesquisas clínicas para afecções gripais é também
indicado. Além disso, são utilizados
medicamentos baseados no gênio epidêmico,
como Gelsemium e Eupatorium perfoliatum.
HOMEOPATIA EM OUTRAS EPIDEMIAS
HOMEOPATIA NA DENGUE: a recente atuação e emprego da
Homeopatia, na cidade de Rio Preto com o
complexo homeopático composto por CROTALUS
HORRIDUS, PHOSPHORUS E EUPATORIUM,
também adotado na cidade de Piracicaba, baseados
num experimento cubano, com parceria junto a ANVISA na inclusão
deste método.

BOLOGNANI, Fábio de Almeida, Homeopatia Baseada em Evidências
VIJNOVSKY, Tratado de Matéria Médica Homeopática II tomo, Bs As, 1980.