quarta-feira, 29 de abril de 2009

RAJAN SANKARAN:"A percepção da realidade nos adoece"


O prestigiado médico indiano assegura que se nossos desejos e ilusões não coincidem com a realidade que vivemos, nosso corpo adoece.

Foto: GUILLERMO MOLINER
entrevistador:Gaspar Hernandès

entrevistado: Dr. Rajan Sankaran
--Porque a homeopatia é mais respeitada na Índia que na Catalunha?

Não tenho a resposta para essa pergunta, mas apontarei algumas opções. Talvez se deva ao fato de que na India nem tudo é branco ou preto e se aceitam várias possibilidades. Se tu não pensas como eu, não vou estar contra ti, porque podes ter razão, e o outro também.As muitas religiões que convivem em nosso país são uma mostra disso.

--Existem três medicinas oficiais?

Sim. A chamada medicina convencional, o ayurveda e a homeopatia. A medicina homeopática tem muitíssima aceitação entre nossa população. Neste momento há 300.000 estudantes de homeopatia e a homeopatia está incluida na Saúde pública.

--Como na França; mas aqui não...

Cada vez há mais países que a incluem na saúde pública. Na India, temos inclusive universidade de médicos homeopatas.

--Pois aqui o que temos cada vez mais, são especialistas que não param de te pedir exames e que te mandam a outros especialistas que te pedirão mais exames.

Este tipo de medicina se especializa demasiadamente e se esquece de olhar a pessoa como um todo. A especialização se concentra nas parte pequenas. Se me permite a brincadeira, alguém vai ao médico porque tem um problema na orelha direita e este lhe diz: Tem que ir ao especialista da orelha direita, pois eu sou da orelha esquerda. quando o médico se ocupa das pequenas partes , se perde no plano geral. E as doenças começam essencialmente neste chamado plano geral e se manifestam em partes concretas.

--Por que adoecemos?

Porque a percepção de nossa realidade interna não se adequa à realidade que vivemos É nossa percepção da realidade que nos adoece. Se nossos desejos e ilusões não coincidem com o que vivemos, podemos adoecer

--E como se cura isso?

Quando alguém vem consultar, o primeiro que me interessa é sua percepção da realidade. Depois vamos retirando capas, através da totalidade de sinais e sintomas, para saber qual é o transtorno básico da pessoa. Esse transtorno não pertence à mente nem ao corpo: é algo mais profundo, e a esse nível, a pessoa fala uma linguagem que é ao mesmo tempo mental e física.

--Que é a realidade?

A totalidade da experiência neste momento.

--Os sonhos são realidade?

Sim, claro. Há diferentes níveis de experiências: fatos, emoções, sonhos etc... Experimentamos a realidade em diferentes níveis em cada momento.

--Deus é real?

Não creio nem deixo de crer. Só vivo e observo.

--Podemos estar doentes sem ter nenhum sintoma físico?

Sim, claro. Se não eliminarmos a falsa percepção da realidade que temos encerrada dentro de nós, tarde ou cedo isso provocará uma doença. Por isso a homeopatia pode tratar ao paciente sem que êle tenha sintomas evidentes

--Como tratar?

Com qualquer substância da natureza animal, mineral ou vegetal que tenha a imagem exata do que o paciente expressa.

--A homeopatia se baseia no principio da similitude?

Sim. A mesma substância que produz determinados sintomas em uma pessoa sã, é capaz de curá-los em uma doente.É mais fácil entender se pensarmos nos mecanismos de ação das vacinas, nas quais se administra ao paciente a mesma substância que provoca a doença.

--Tem efeitos secundários?

Não, se o tratamento for bem conduzido. Não só não tem nenhum efeito secundário, mas também é compatível com outros tratamentos.

--Porque a homeopatia é tão lenta?

Isso não é certo. Às vezes atua muito rápido O que demora é tratar doenças crônicas. A única limitação da homeopatia é que depende muito da habilidade do médico para explorar e conhecer a pessoa. Conhecer o paciente profundamente, é uma tarefa que requer tempo.

--Os homeopatas são um pouco psicólogos?

Em certo modo, vamos além da psicologia. Nossa percepção da realidade não pode mudar só com a vontade. A homeopatia remove esta percepção da realidade e isto faz com que a doença se dissolva.


DR.RAJAN SANKARAN - MUMBAI, INDIA



O Dr. Rajan Sankaran desenvolveu um método de praticar a homeopatia que se tornou popular e atraiu muitos seguidores e também alguns críticos no mundo todo. O seu trabalho é desenvolvido em Mumbai na Índia, em sua clínica e seu método é apresentado através de vídeo cursos, ou pessoalmente através de seminários em todos os países. O seu primeiro e mais importante livro é "Spirit of Homeopathy", de 1991.

O Dr. Sankaran estudou os remédios segundo o reino da natureza a que eles pertencem, estabelecendo analogia entre as doenças e os reinos animal, mineral e vegetal. A idéia é encontrar um padrão nas profundezas do ser que combine com um desses reinos. Por exemplo:" Um arquiteto que perdeu uma competição para uma firma mais eficiente e melhor estruturada.Quando lhe perguntamos qual é sua experiência nessa situação particular, êle pode dizer, por exemplo que se sente envergonhado. Se aprofundarmos mais pedindo-lhe que descreva a experiência de sentir-se envergonhado, ele nos dirá não a emoção, mas a experiência atual do fato, que será uma sensação. A experiência poderá ser: "Eu sinto que me falta algo, ou eu sou incapaz de algo" que será um remédio Mineral; Ou "Eu sinto que os outros são melhores do que eu"o que levará a um remédio do reino Animal; Ou "Eu me sinto chocado e desapontado, com a sensação de estar afundando"que será uma reação da Planta."


Exemplo de um caso:" Um homem com um tumor no globo ocular. Ele diz que esse tumor causa um desequilibrio em seus olhos.Então êle descreve esse desequilibrio como uma sensação de descoordenação, e depois, como a coordenação é a coisa mais importante da sua vida, como cada coisa deve estar coordenada, e cita entre outros exemplos, o tipo de coordenação que um pilôto necessita quando pilota um avião. Depois o homem descreve uma situação na qual sua sogra fez algo pelas suas costas o que o fez sentir-se "desapontado e traído." Se não cedermos à tentação de usar a rubrica "transtornos por desapontamento ou por traição"e pedirmos que descreva o desapontamento, então teremos a individualidade da pessoa nessa circunstância. Quando alguém faz alguma coisa pelas suas costas, algo que não é esperado, o sentimento de desapontamento é comum, não individual. Quando lhe pedi para descrever o desapontamento, êle disse "é como se tivesse levado um soco no estômago", então aprofundando mais lhe pedi para descrever a experiência de "levar um soco", e êle respondeu: Eu me senti "completamente sufocado". Descreva a "sufocação". Então êle diz que se sente sufocado em várias situações em sua vida, como quando nada, ou em situações claustrofóbicas. A sensação de sufocação junto com o senso de importância da coordenação e controle nos dará o remédio Argentum Nitricum, que tem o controle, a coordenação e a sufocação. Esse remédio curou o tumor em seu olho.
http://www.minimum.com/interviews/sankaran1.html

segunda-feira, 27 de abril de 2009

MITOLOGIA GREGA - ASCLÉPIO OU ESCULÁPIO



Asclépio ou o Esculápio dos latinos, é o héroi e o deus da medicina. Filho de Apolo. As lendas relativas a seu nascimento variam. A mais conhecida é a versão de Píndaro. Conta que Apolo havia amado a Coronide que concebeu um filho, mas durante a gestação, Coronide cedeu ao amor de um mortal. Advertido, Apolo deu morte à infiel e no momento em que seu corpo era colocado sobre a pira para ser queimado, o deus arrancou do seu ventre o menino ainda vivo. Tal foi o nascimento de Asclépio. Foi confiado por seu pai ao centauro Quirón, que lhe ensinou a medicina.
Ràpidamente, o jovem adquiriu uma grande habilidade nesta arte, até o extremo de descobrir a maneira de ressuscitar aos mortos. Efetivamente, havia recebido de Atenas o sangue vertido das veias da Górgona; enquanto o do lado esquerdo havia espalhado um veneno violento, o sangue do lado direito era salutar e Asclépio sabia utilizá-lo para devolver a vida aos mortos. As Górgonas eram mulheres monstruosas. A górgona Medusa teve papel destacado na mitologia grega. Seus cabelos eram de serpentes, seus dentes eram enormes, suas garras eram de bronze e tinha asas de ouro que lhe permitiam voar, seus olhos lançavam chispas e seu olhar convertia em pedra aqueles que a olhassem.
Zeus diante dessas ressureições, temendo que Asclépio revertesse a ordem do mundo, o matou com um raio. Depois de sua morte, Asclépio foi transformado em constelação.
Os atributos de Asclépio eram serpentes enroladas em um bastão, coroas de louro, uma cabra ou um cão.
Atribui-se-lhe dois filhos, os médicos: Podalirio e Machaon. O culto a Asclépio se estabeleceu principalmente no Peloponeso, onde se desenvolveu uma verdadeira escola de medicina, cujas práticas eram sobretudo mágicas. Esta arte era praticada pelos Asclepíades. O mais célebre é Hipócrates, (470-377aC) que nasceu em Cós, foi o fundador da ciência grega da medicina. Para Hipócrates, a proteção mais importante da doença era a moderação e uma vida sã. O natural é uma pessoa estar sã. Cuando surge uma doença, é porque a natureza descarrilhou devido a um desequilíbrio físico ou psíquico. A receita para estar são é a moderação, a harmonia e uma mente sã em um corpo são. Assim, enuncia o conceito da "vis medicatrix naturae" que junto à "lei dos semelhantes" influiram no pensamento do Dr. Samuel Hahnemann.
Oráculo de Esculápio
Havia numerosos oráculos de Esculápio, mas o mais célebre era o de Epidauro. Ali os enfermos procuravam respostas e a cura para suas enfermidades, dormindo no templo.Pelas descricões, é de se deduzir que o tratamento aplicado àqueles doentes constituia o que hoje se chama magnetismo animal ou mesmerismo. As serpentes eram consagradas a Esculápio, provàvelmente devido à superstição de que aqueles animais têm a faculdade de readquirir a juventude, mudando de pele.
O culto de Esculápio foi introduzido em Roma por ocasião de uma grande epidemia, quando se enviou uma embaixada ao templo de Epidauro para implorar a ajuda do deus. Esculápio mostrou-se propício e, quando o navio voltou, acompanhou-o sob a forma de uma serpente. Chegando ao Tibre, a serpente desceu do navio e tomou posse de uma ilha no rio, onde foi erguido um templo ao deus.
BULFINCH, Thomas- O Livro de Ouro da Mitologia, ed.Tecnoprint, 1965.

domingo, 26 de abril de 2009

CÁLCIO



Em casos de osteopenia, osteoporose, gestação e amamentação, as necessidades de cálcio aumentam.
Para que o cálcio seja absorvido e se deposite nos ossos, é necessário uma alimentação rica em cereais integrais, frutas, verduras e legumes que forneçam quantidades adequadas de zinco, manganês, silica, boro, estroncio, cobre, magnésio, vitaminas e ácido fólico.
É importante evitar o sedentarismo e a falta de sol.
O cálcio melhor assimilado é o dos vegetais. Daniel Reid em seu livro "O Tao da saúde", expressa: " a couve crua (couve-flor), por exemplo, proporciona muito mais cálcio assimilável que qualquer quantidade de leite pasteurizado ou seus derivados, como yogurtes, queijos e todos os demais produtos lácteos desnaturalizados"
SÉSAMO (GERGELIM) -"Sesamum indicum"
Manteiga (tahini) : ingredientes: 12 a 15 colheres de sésamo integral; 1colher de sal marinho (yin-yang); agua filtrada ou mineral, quantidade necessária. (Silvana Ridner) Tostar levemente separado o sal e as sementes em um recipiente sem nenhuma gordura, até que o sésamo desprenda um odor agradável. Retirar do fogo. Processar juntos ainda quentes e adicionar água até obter uma consistência cremosa. Deixar esfriar e guardar em frasco de vidro na geladeira. Duração : dois a três dias. Uso: para untar pão integral, bolachas.
Gomásio: Os ingredientes e o procedimento são iguais aos da manteiga, sem adicionar água. Guardar em frasco de vidro, até 15 dias na geladeira. Uso: em cereais, sopas e pures.
As sementes de sésamo, também chamadas de gergelim, têm uma grande riqueza de gorduras insaturadas (cerca de 50%), o que as torna particularmente benéficas para a prevenção das doenças cardiovasculares e diminuição do colesterol.Existem dois tipos principais de sementes de sésamo: as brancas e as pretas. As primeiras são utilizadas na medicina tradicional chinesa para lubrificar o coração, o fígado, os rins, o pâncreas e os pulmões, e ajudam também a tratar a prisão de ventre. As segundas têm propriedades semelhantes, mas um pouco mais fracas. A sua riqueza em vitamina E (que é uma vitamina lipossolúvel e sensível ao calor), também as torna de grande interesse nutricional.Uma colher de sopa de sementes de sésamo fornece cerca de 15% das necessidades diárias de cálcio, tornando estas sementes de numa fonte de potencial importância para os vegetarianos. São ainda ricas em proteínas, ferro, niacina, magnésio e ácido fólico. Uma dose de 50 g de sementes de sésamo tem a quantidade diária de ácido fólico necessária à alimentação da mulher. Estas sementes podem ser utilizadas cruas ou torradas, para enfeitar saladas, como podem ser adicionadas aos cereais, ou misturadas na massa de bolos ou pão.Tradicionalmente são utilizadas no Médio Oriente para fazer um creme com uma textura semelhante à manteiga de amendoim. O creme chama-se tahini, ou tahina, e é constituído essencialmente por sementes de sésamo torradas e posteriormente moídas. Adicionada ao grão-de-bico transforma-se num puré chamado hummus.
Valor nutricional de 100 g:*598 calorias *20 g de proteínas *7 g de gorduras saturadas *21 g de gorduras monoinsaturadas *24 g de gorduras polinsaturadas *7,9 g de fibra *670 mg de cálcio

quarta-feira, 22 de abril de 2009

DRA MARGARET LUCY TYLER (1857-1943)


Margaret Tyler, inglesa, aluna de James Tyler Kent, foi membro do Royal London Hospital de 1913 a 1943. Em 1932, ela fundou o jornal "Homeopathy." Em 1942, publicou "Homoeopathic drug Pictures"(125 remédios), um de seus livros mais importantes junto com "Homoeopathys Course".
Ela praticava o método "artístico" de Kent.

Publicações:
A study of Kent repertory
Different ways of finding remedies
Drosera
Hahnemann's conception of Chronic disease
Homoeopathic drug pictures
How not to do it
Pointers to the common remedies
Repertory Indeed
Romance of homoeopathy
Ref:http://homeoint.org

terça-feira, 21 de abril de 2009

DENGUE - MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

PRODEN® - MEDICAMENTO CONTRA OS SINTOMAS DA DENGUE! 13/Jan/2009
A dengue é uma doença viral, febril aguda e benigna, com período de incubação de 5-8 dias. A febre é acompanhada de prostração, calafrios, dor de cabeça intensa, dor retro-orbitária, dores musculares e articulares. Pode-se observar ainda náuseas, vômitos, dor de garganta e adenopatias. A forma hemorrágica apresenta alta mortalidade, especialmente em crianças. (MARINO, 2008)O Aedes aegypti, vetor de maior importância no continente americano se reproduz facilmente em recipientes com águas paradas. Trata-se de vírus, que compartilha o gênero flavivírus com o vírus da hepatite C e da febre amarela, com 4 sorotipos diferentes, todos com acentuado hepatotropismo (MARINO, 2008)No mês de março de 2007, diante do agravamento do quadro epidemiológico da dengue em São José do Rio Preto e municípios vizinhos, a Secretaria Municipal de Saúde e Higiene (SMSH), implementou as ações propostas na Portaria MS/GM nº.971, de 03 de maio de 2006 - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) - no Sistema Único de Saúde (SUS). São José do Rio Preto apresenta um perfil epidemiológico constituído de milhares de indivíduos que apresentaram dengue pelos sorotipos 1 ou 2 e, uma vez que observado o surgimento de casos de grande intensidade sintomática relacionados com sorotipo 3 ora circulante, concluiu-se, a partir da aplicação do protocolo de determinação da observação dos quadros clínicos predominantes, pelo diagnóstico de uma situação de risco epidemiológico fragmentário composto pela associação dos ativos homeopáticos Eupatorium perfoliatum, Phosphorus e Crotalus horridus, como sendo a equação de maior analogia representativa na presente ocorrência dos quadros de dengue clássica e hemorrágicaPara tanto, foi introduzido o uso do medicamento homeopático, consistindo nessa associação sinérgica de Eupatorium perfoliatum + Phosphorus + Crotalus horridus, administrado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), buscando atenuar a intensidade dos sintomas da dengue e evitar as complicações hemorrágicas.O ativo Eupatorium perfoliatum representa o quadro típico de dengue clássica, enquanto o ativo Phosphorus exerce, através de sua ação hepatotrópica, manutenção da integridade funcional do órgão e da produção dos fatores de coagulação, e finalmente, o ativo Crotalus horridus que corresponde à síntese mais semelhante ao quadro hemorrágico da dengue.Em março de 2007, foram administradas doses do Medicamento Homeopático à população que, prontamente aderiu ao programa da Secretaria de Saúde, com o objetivo de acrescentar mais este instrumento ao enfrentamento da epidemia de dengue, mantendo todo o conjunto de ações de Vigilância em Saúde para controle do vetor.Do levantamento concluído pelo pesquisador Dr. Renan Marino, médico homeopata, Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Professor Assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e professor de Homeopatia no Instituto Homeopático François Lamasson de Ribeirão Preto - 73,4% dos pacientes não apresentaram dengue. Dos pacientes que apresentaram dengue e tomaram o medicamento para tratar os sintomas 92% tiveram alta em até duas semanas, que significa um curtíssimo período de convalescença.Concluindo, durante o mês de março de 2007, o medicamento homeopático (Eupatorium perfoliatum, Phosphorus e Crotalus horridus) foi administrado à população de São José do Rio Preto, SP, segundo Diretrizes e Protocolos da própria Secretaria Municipal de Saúde e Higiene da cidade. Segundo o pesquisador e médico Dr. Renan Marino, os resultados estatísticos mostraram a excelência do método aplicado, legitimando que o uso deste medicamento homeopático em saúde coletiva, tanto na prevenção como no tratamento dos sintomas , na epidemia de dengue, se apresenta como um recurso inestimável e oportuno diante dos desafios que a saúde pública tem se defrontado no Brasil e no mundo.O fácil acesso ao medicamento, a simplicidade posológica, a facilidade da administração em larga escala, a observação de inexistência de efeitos colaterais bem como reações adversas além do conjunto de ações de Vigilância em Saúde para controle do vetor contribuíram decisivamente para justificar os resultados obtidos (MARINO, 2008).O medicamento PRODEN® foi devidamente registrado na ANVISA como um medicamento homeopático, sob nº 1.0266.0168.001-3, publicado no DOU (Diário Oficial da União) em 08 de dezembro de 2008 com a indicação de auxiliar no tratamento dos sintomas da dengue.É um preventivo? Se eu tomar o medicamento eu não “pego” dengue?Os estudos e o tratamento realizado durante a epidemia de dengue em São José do Rio Preto, em 2007, demonstraram que a população foi alertada para a epidemia e devidamente instruída no combate aos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti e que além de toda essa prevenção e combate por parte do governo municipal, e neste caso, segundo o pesquisador Dr. Renan Marino, médico homeopata, Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Professor Assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e professor de Homeopatia no Instituto Homeopático François Lamasson de Ribeirão Preto - 73,4% dos pacientes não apresentaram dengue. Dos pacientes que apresentaram dengue e tomaram o medicamento para tratar os sintomas 92% tiveram alta em até duas semanas, que significa um curtíssimo período de convalescença, mas, deixamos bem claro, que não é uma vacina! O que devo fazer para não “pegar” dengue?Devemos de todas as maneiras combater o mosquito transmissor, seja educando e alertando a população a destruir possíveis criadouros, seja utilizando equipamentos inseticidas nas residências que “espantem” ou matem os mosquitos, ou ainda, utilizando repelentes na pele. Até agora, estas são as únicas maneiras de evitar a dengue. O medicamento PRODEN® , segundo as pesquisas realizadas (MARINO 2008), foi eficaz em 73% dos casos, mas não é uma vacina!Para que serve, então, este medicamento?Sabemos da grande dificuldade em combater o mosquito da dengue e a Homeopatia sempre foi conhecida, desde os seus primórdios, por sua excelência no tratamento das pessoas em epidemias e pandemias. O medicamento é eficaz no tratamento sintomático da dengue (cansaço, desânimo, indisposição, dor de cabeça, dor muscular, náuseas, inapetência, febres e calafrios, dor abdominal e dor retro-ocular), durante a epidemia de dengue. Não é uma vacina!Quais são as contra-indicações?Ainda não são totalmente conhecidas as contra-indicações e limitações de uso dos medicamentos homeopáticos.Se o paciente for hipersensível aos componentes da fórmula, o seu médico deve ser informado, bem como no aparecimento de sintomas novos, agravação de sintomas atuais ou retorno de sintomas antigos.Se a paciente estiver amamentando, o prescritor deve ser informado.Gestantes devem informar o prescritor.Conclusão:Um paciente, durante a epidemia, que habita numa área que está comprovadamente tendo contaminação pelo mosquito da dengue deve tomar este medicamento, pois segundo o pesquisador Dr. Renan Marino, médico homeopata; Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Professor Assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e professor de Homeopatia no Instituto Homeopático François Lamasson de Ribeirão Preto, reduz o índice de contaminação em 73% dos casos, além de diminuir o tempo de recuperação do paciente, bem como a gravidade da sintomatologia, como demonstraram os textos da literatura, os estudos de campo e a utilização do medicamento em epidemias em diversas regiões (MARINO 2008).O Laboratório Almeida Prado, uma indústria farmacêutica nacional de credibilidade, há 50 anos com ética no mercado, buscou oferecer à população brasileira, um medicamento homeopático, seguro e eficaz, no tratamento dos sintomas da dengue, pois esses sintomas levam as pessoas à dor e ao sofrimento, não havendo nenhum outro medicamento que consiga auxiliar no tratamento de todos os sintomas ao mesmo tempo. O paciente fica durante semanas ou meses sentindo os sintomas maléficos deste vírus no organismo. A Homeopatia é uma ciência médica eficaz que visa o bem estar do paciente de uma forma simples, rápida, direta e segura. Este é o objetivo e a indicação do PRODEN®. Não é uma vacina!
MARINO R. - International Journal of High Dilution Research, v.7, issue 25, p.179-185, December 2008

domingo, 19 de abril de 2009

HAHNEMANN E SEUS SEGUIDORES


Hahnemann e seus seguidores relacionados ao seu país, data de nascimento(N) e morte (M)
HAHNEMANN, Samuel Christian Friederich- Alemanha -N. 1755 M.1843
BÖNNINGHOUSEN, Clemens Maria Franz von - Alemanha, um discípulo próximo de Hahnemann- N.1875 M.1864.
STAPF, Johan Ernest - Alemanha, o mais próximo discípulo de Hahnemann - N.1788 M.1860
GROSS, Guilherm Gustav - Alemanha, discípulo de Hahnemann, usou a teoria miasmática desenvolvida por ele. N.1794 M.1847.
HERING, Constantine - USA(o mais importante homeopata americano, alemão de nascimento e estudo) N. 1800 M. 1880.
JAHR, Georg Heinrich Gottlieb - França, discípulo que conviveu com Hahnemann em seus últimos dias. N. 1800 M. 1875.
MURE, Benoit(Bento) Jules-França, introdutor da Homeopatia no Brasil N.1809 M.1858
LIPPE, Weissenfeld, Adolphus, Graf zur - USA, alemão de nascimento, importante homeopata- N. 1812 M. 1888.
DUDGEON, Robert Elis - Inglaterra, traduziu muitos dos trabalhos de Hahnemann, dentre os quais, a quinta edição do Organon. N. 1820 M. 1904.
GALLAVARDIN, Jean Pierre - França- N. 1825 M.1897
ALLEN,Timothy Field - USA- N.1837 M.1902
NASH, Eugene Beauhamais - USA - N.1838 M.1917.
FARRINGTON, Ernest Albert - USA, seguidor de Swedenborg - N.1847 M.1885
KENT, James Tyler - USA, um dos seguidores de Hahnemann que mais influência teve na Homeopatia. Impediu sua deterioração. N.1849 M.1916
BOERICK, Willian - USA (austríaco, medicina em Viena) N.1849 M.1929.
CLARKE, John Henry- Inglaterra N.1853 M.1931.
ALLEN, John Henry -USA-N.+ -1855 M.1925.
TYLER, Margareth Lucy - Inglaterra- N.1857 M.1943.
CLOSE, Stuart - USA - N.1860 M.1929.
BOGER, Cyrus Maxwell - N.1861 M.1935
ROBERTS, Herbert Alfred - USA, pupilo de Close- N.1868 M.+ -1940
FARRINGTON, Harvey (filho)- USA, seguidor de Kent e filho de E.A. Farrington- N.1872 M.+ - 1958.
HAEHL, Richard - Alemanha, biógrafo de Hahnemann e editor da sexta edição do Organon -N.1873 M.+ -1932.
GRIMMER, Arthur Hill - USA, pupilo de Kent- N.1874 M.1967.
GENTRY, Willian Daniel - USA -N. M.+ - 1880.
VANNIER, Leon - França - N.1880 M.1963
GUERNSEY, Henry Newell - USA - N. M.1885.
BOERICKE, Garth Wikilson (filho) - USA - N.1893 M.1968.
SCHMIDT, Pierre - Suíça, reintrodutor da Homeopatia clássica na Europa. N.1894 M.1897.
GHATAK
HEMPEL

Referencia http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/Hahnemann-discipulos-e-seguidores%20.html

sábado, 18 de abril de 2009

O Poder do remédio diluído


É a Hahnemann que cabe o mérito de ter mostrado a enorme vantagem que se tira ao empregar as diluições de substâncias medicamentosas e particularmente, as alcoolaturas. A invenção e a difusão desse método de preparo dos remédios bastariam para sua glória.

"Por um processo que lhe é próprio, e nunca antes dela experimentado, a medicina homeopática desenvolve de tal forma as virtudes medicinais dinâmicas das substâncias grosseiras, que acarreta uma ação das mais penetrantes sôbre tôdas, mesmo sôbre aquelas que, antes de terem sido assim tratadas, não exerciam a menor influência medicamentosa no corpo do homem.

Tomam-se duas gotas da mistura, em partes iguais, de um suco vegetal fresco com álcool, derramam-se em noventa e oito gotas de álcool, e dão-se duas fortes sacuduas no frasco que contém o líquido.

Tomam-se , em seguida, outros vinte e nove frascos, cheios em suas três quartas partes de noventa e nove gotas de álcool, e em cada um dêles, pinga-se sucessivamente uma gôta do líquido contido no frasco precedente, tendo o cuidado de dar duas sacudidas em cada frasco.

O último, ou o trigésimo, encerra a diluição com um grau de potência decimilionésimo, a mais habitualmente empregada.

Todas as outras substâncias destinadas aos empregos da medicina homeopática, como os metais puros, os óxidos e sulfuretos metálicos, as outras substâncias minerais, o petróleo, o fósforo, as partes e os sucos de plantas que não podem ser encontrados senão em estado sêco, as substâncias animais, os sais neutros e outros, são levados ao milionésimo grau de atenuação, por uma trituração que dura três horas; depois disso, dissolve-se um grão do pó e passa-se à diluição em vinte e sete frascos sucessivos, do mesmo modo que se procede com relação aos sucos vegetais, a fim de levá-lo ao trigésimo grau de desenvolvimento da sua potência." (Hahnemann, Exposition de la doctrine médicale homéopathique , Paris, 1845)

Referência: Vannier, Pierre, A Homeopatia, S. Paulo, 1960.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Origem e Classificação dos Medicamentos Homeopáticos


Os medicamentos homeopáticos são originários de matérias- primas dos seguintes reinos da natureza:

A - Vegetal. Ex: Calêndula off., Arnica Montana, Pulsatilla Nigricans.

B - Mineral. Ex: Aurum mettalicum, Argentum nitricum, Mercurius.

C - Animal. Ex: Apis Mellifica, Carbo animalis.

D - Imponderáveis. Ex: radiações, magnetismo, como RX, Radium Bromatum.

E - Matérias-Primas químicas sintéticas. Ex: Penicilinum, Salicylicum Acidum.

F - Preparados Homeopáticos. Ex: Hepar Sulphur, Causticum.

G - Bioterápicos. São medicamentos homeopáticos feitos a partir de secreções fisiológicas (sarcódios) ou excreções patológicas(nosódios) de origem animal ou vegetal.
Ex: Nosódios de origem animal- Anthracinum, Syphilinum.
Nosódios de origem humana- Meningococcinum, Carcinosinum.
Nosódio de origem vegetal- Secale Cornutum(fungo do centeio)
Ustilago maydis (mofo de milho)
Sarcódios de origem humana- Insulinum, Thireoidynum
Sarcódios de origem vegetal- Opium(suco da papoula)
Sarcódios de origem animal- Lachesis, Lac caninum, Lac felinum.

H - Autonosódios. Remédios homeopáticos feitos a partir de secreções, tecidos e órgãos que contenham o agente etiológico da doença a ser tratada. Ex: autonosódio da urina, do sangue, da pele, etc...

OUTROS NOSÓDIOS E SARCÓDIOS
Nosódios de plantas - Ergotinum (derivado do alcalóide do secale cornutum) Nectrianinum(nosódio do câncer das árvores)
Nosódios de animais - Ambra Grisea(concreção intestinal de baleias cachalotes) Anthracinum(toxina do antraz) , Aviaria(tuberculina aviária), Bacillinum, Bacillinum Testium(a partir de testiculos tub.), Diphterinum, Hippozaeninum(nosódio do mormo), Hydrophobinum, Malandrinum(nosódio de crostas amareladas de casco de cavalo), Melitagrinum(nosódio de eczema capilar), Pestinum, Psorinum, Septicaeminum, Syphilinum, Tuberculinum, Vaccininum, Variolinum.
Sarcódios - Adrenalinum, Aranearum Tela(teia de aranha), Calcárea Carbonica ostrearum(Calcio de Ostra), Carbo animalis, Castor Equi (unha rudimentar do polegar do cavalo), Cervus(couro do cervo), Colostrum, Conchiolinum(madrepérola), Fel Tauri(Bílis de touro), Gadus Morrhua(trituração da primeira vértebra cervical do bacalhau), Helix Tosta Hippomanes(caracol tostado), Lac felinum, Lac Vaccinum(Leite de vaca), Oleum Jecoris Aselli (Óleo de Fígado de Bacalhau), Oophorinum(extrato de ovário), Orchitinum(extrato de testículo), Ovi Gallinae Pellicula(membrana interior da casca do ovo da galinha), Pulmo Vulpis(pulmão de raposa), Sphingurus(porco espinho das árvores), Thyroidinum, Urinum.
Sarcódios Derivados - Cholesterinum, Lac Vaccinum Coagulatum(leite de vaca coagulado), Lac Vaccinum Defloratum(leite de vaca desnatado), Lacticum Acidum, Lactis Vaccini Flos(creme de leite), Pancreatinum, Pepsinum, Pyrogenium, Saccharum Lactis, Thyroiodinum, Urea, Uricum Acidum.

Referências: Lacerda , Paulo, Vademecum de Medicina Homeopática, 1998 Medsi.

Vijnovsky, Tratado de Materia Médica Homeopática, Bs. As., 1981.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Experimentação no Homem São


Essa experimentação, inovação extraordinária para a época, levada adiante, com admirável perseverança, por Hahnemann e seus discípulos, forma a Matéria Médica Homeopática, ou por outra, a coletânea dos protocolos de experimentação sôbre o homem sadio, dos medicamentos estudados, também denominados patogenesias.

"Não há, portanto, meio mais seguro e mais natural para, de modo infalível, encontrar os efeitos próprios dos medicamentos no homem, do que experimentá-los, separadamente uns dos outros, em doses moderadas, nas pessoas sãs, e observar as alterações que disso resultam, no estado físico e moral, isto é, os elementos de doença, que essas substâncias são capazes de produzir, pois tôda virtude curativa dos remédios fundamenta-se, ùnicamente, sôbre o poder que êles têm de modificar o estado de saúde do homem, e sôbre a capacidade da observação dos efeitos resultantes do exercício dessa faculdade." ( Hahnemann, Exposition de la doctrina médicale....Paris, 1845)

Hahnemann recomenda fazer a experiência com grande cuidado, em numerosas pessoas diferentes, recolher cautelosamente os sintomas observados e verificar sua ordem de aparição para discernir os efeitos primitivos e os efeitos secundários.

"Quando, após experimentar, desse modo, um grande número de medicamentos simples no homem são, verificar-se-á, cuidadosa e fielmente, todos os elementos da doença, todos os sintomas que êles mesmos podem produzir, como forças morbíficas artificiais, sòmente assim ter-se-á uma verdadeira Matéria Médica, isto é, um quadro dos efeitos puros e infalíveis das substâncias medicinais simples. Assim, possuir-se-á um código da natureza, no qual será inscrito um número considerável de sintomas próprios a cada um dos agentes experimentados. Ora, êsses sintomas são os elementos das doenças artificiais cujo auxílio curará, num dia ou noutro, várias doenças naturais semelhantes." ( Idem )

Assim, conhecem-se, em suas características, os remédios correspondentes aos diversos aspectos das doenças.

V Congresso Paulista de História da Medicina Programa Provisório




V CONGRESSO PAULISTA DE HISTÓRIA DA MEDICINA
Ribeirão Preto – SP - 18 a 21 de junho de 2009
Local: TAIWAN HOTEL
PROGRAMA PROVISÓRIO
18/06– QUINTA-FEIRA
19 h – Abertura -Temas livres: apresentação dos pôsteres
20 h- A RESTAURAÇÃO de HIPÓCRATES INSPIRADA NA ESCULTURA de NELSON GONÇALVES (palestra sobre música e medicina através da história entremeada com canções do cantor interpretadas por Izao Soares acompanhado por Evandro Navarro ao violão)
20.50 h - Coquetel
19/06 – SEXTA-FEIRAManhã – coordenador: Rosa M. P. Santos
8.30 – 10.40 h –TEMAS LIVRES – apresentação oral
ABREUGRAFIA E SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA / Roberto Perche Menezes
EVOLUÇÃO DO EXAME GINECOLÓGICO / Eliane Randi
A HISTÓRIA DO PARACETAMOL / Renan Marino
A ATUAÇÃO DE PARTEIRAS E UNIVERSO DA MEDICINA RÚSTICA/ Claudete C P Basaglia
A IMPORTÂNCIA DO ARSENICO NA HISTÓRIA DA MEDICINA / Camila Guimarães
A IMPORTÂNCIA DO PHOSPHORUS NA HISTÓRIA DA MEDICINA / Luisa M Florentino
A PRESENÇA DO FLUOR NA HISTÓRIA DA ODONTOLOGIA / Rose Meire Cano
ASPECTOS DA HISTÓRIA DA MEDICAÇÃO CONTRA PARASITAS EM VETERINÁRIA / Marina Claro de Souza
A MEDICINA E O ABOLICIONISMO – CALDRÉ FIÃO E O PARTHENON LITERÁRIO / Glaci Mousquer Loureiro
10.40 – 11.10 h - intervalo
11.10 – 12 h- Palestra da Sociedade Brasileira de História da Medicina – Ulysses Meneghelli
Tarde- coordenador: Silvana Mantovani14 – 16.40 h - MESA REDONDA: HUMANIZAÇÃO DA MEDICINA
O ALEITAMENTO MATERNO E A SAÚDE BUCAL ATRAVÉS DA HISTÓRIA E SUA IMPORTÂNCIA ATUAL / Ana Paula Delbon
ALEGRIA, HUMOR E RISO À LUZ DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA / Vera Cecília Machline
16.40 – 17.10 h - intervalo
17.10 – 18 h - Palestra - EFEITO DA ASSISTÊNCIA MÉDICA NO AUMENTO DA VARIABILIDADE GENÉTICA DAS POPULAÇÕES HUMANAS / Fábio de Melo Sene
Noite – feira do livro
20/06– SÁBADOManhã – coordenador: Renan Marino8.30 – 10.40 – MESA REDONDA: HUMANIZAÇÃO DA MEDICINA
A BIOÉTICA NA HISTÓRIA DA MEDICINA / Édson Garcia Soares
BIOÉTICA E MEIO AMBIENTE / Isac Jorge Filho
10.40 – 11.10 h - intervalo
11.10 - 12 h - A MEDICINA NA REVOLUÇÃO PAULISTA DE 1932 / Jorge Michalany
Tarde - coordenador: Alexandre H. Leonel
14 – 15.50 h - MESA REDONDA: MÚSICA E MEDICINA ATRAVÉS DA HISTÓRIA
LOUCOS PELA VIDA : um caminho pela música no Hospital do Juqueri / Luiz Gonzaga de Souza
FILOSOFIA DA MÚSICA / Nando Araújo.
15.50-16.40 h - Palestra - ARTE E MEDICINA: UMA UNIÃO PRIMORDIAL / Lybio Martire Junior
16.40 – 17.10 h - intervalo
17.10 - 18 h – A GENIALIDADE E A LOUCURA NA HISTÓRIA DA ARTE / Décio Altimari
18h - Apresentação de harpa celta – Nando Araujo
21/06 - DOMINGO
coordenador: Maria de Fátima Cabana 8.30 – 11 h – MESA REDONDA: A ATUALIDADE DA HISTÓRIA DA MEDICINA
O MUSEU DA SANTA CASA DE SÃO PAULO - 11h - Avaliação geral – Encerramento

Envie seu tema livre até 30/04/2009
INSCRIÇÕES: até 30/04/09 – R$ 80,00, após 04/05/09 – R$ 100,00
Página: http://www.lamasson.com.br/

sexta-feira, 10 de abril de 2009

DULCAMARA - POEMA - Cecília Meireles



Dulcamara
Cecília Meireles


Tomaremos Dulcamara,
Dulcamara, Bela Dona;
frios rancores e afrontas
mudam-se em doçura rara.
De estrelas de cinco pontas
será toda a noite clara.
Tomaremos Dulcamara:
noites de alma, céus à tona.
E as vagas já se acham prontas
e a nave já se prepara.
Tomaremos Dulcamara:
tépida luz, Bela Dona...
(Em que horizonte despontas,
flor completa – Dulcamara...)
Ai, que amarguras contaras!
Porém, que doçuras contas!
Tomaremos Dulcamara,
noutros mundos, Bela Dona



IHB Rev.Homeopatia Brasileira, 4(1):516-516, 1998

quinta-feira, 9 de abril de 2009

DR.FEDERICO HAHNEMANN - O filho de Samuel Hahnemann

Federico Hahnemann, médico aos 26 anos, devido à sua inteligência, era uma grande esperança como seguidor da nova medicina criada por seu pai. Depois de seu casamento, fixou residência em Wolkenstein, Erzgebirge, onde clinicava segundo os preceitos homeopáticos. Como também havia se formado em farmácia, dispensava os medicamentos aos pacientes, o que não era permitido aos outros homeopatas. A pesar de ser legal, esse fato desencadeou contra êle, violenta perseguição dos farmacêuticos da época. Foram feitas acusações caluniosas contra sua pessoa, as quais ainda que sem fundamento, obrigaram o Dr. Federico Hahnemann a fugir para a Holanda, mudando-se depois para Hamburgo, e finalmente para a Inglaterra de onde escrevia a seus pais e irmãos cartas incoerentes, uma das quais em 1819, provocou esta frase de Hahnemann "Meu pobre filho está louco".
Um mistério envolve o desenlace da vida do dr. Federico. Uma de suas cartas, escrita da Inglaterra, anunciava a seu pai seu regresso à Alemanha, o que nunca se concretizou. Em 1828 cessaram suas notícias, sendo suas últimas cartas escritas de Tenerife. Supõe-se que tenha se dirigido à América, pelos indícios de sua presença em algumas cidades dos Estados Unidos. Em Ludlowville, New York, relatos revelaram que viveu um médico alemão que se dizia filho do fundador da homeopatia praticando aí em 1828 a nova medicina, e suas características coincidiam com as do Dr. Federico Hahnemann. Declarava haver fugido das perseguições e era considerado como semilouco pelas suas maneiras e seus hábitos. Praticou aí curas milagrosas, desaparecendo depois. Em 1832 ou 1833 durante uma epidêmia de cólera morbus, apareceu um médico em San Luis nos Estados Unidos, que muito se parecia ao Dr. Federico Hahnemann. Êle tratava gratuitamente, com remédios que segundo relatos da época eram homeopáticos. Um dia desapareceu de San Luis e nunca mais se soube dele. A viúva do Dr Federico viveu pobremente, falecendo em Leipzig em 22 de março de 1858. Deixou uma filha que casou com o reitor Hohlfeld, em Dresde e teve seis filhos.
Referência: http://homeoint.org

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A HOMEOPATIA NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS EPIDEMICAS

Homeopatia nas Epidemias

Organon parágrafo 101 "Pode ocorrer que no primeiro caso de um mal epidêmico que seja notado pelo médico, este não tenha imediatamente um quadro completo de sua natureza, visto ser sòmente mediante criteriosa observação de cada um desses males coletivos que êle pode se familiarizar com a totalidade de seus sinais e sintomas. O médico que observa cuidadosamente pode, contudo, pelo exame de seu primeiro ou segundo paciente, aproximar-se muitas vezes tanto do conhecimento do verdadeiro estado do mal, de modo a ter na sua mente um quadro característico dele - e obter êxito em achar um remédio conveniente, homeopàticamente adaptado."
Organon parágrafo 102 "... os sintomas mais especiais e marcados, peculiares a apenas algumas doenças e de ocorrência mais rara, pelo menos na mesma combinação, sobressaem e constituem o que há de característico na doença
(*)As vítimas da epidemia certamente contraíram a doença da mesma fonte, e sofreram portanto, da mesma doença; mas toda a extensão de tal epidemia e a totalidade de seus sintomas (o seu conhecimento essencial para permitir-nos a escolha do remédio homeopático mais conveniente para esta série de sintomas...)
(*)O médico que,nos primeiros casos, já tenha podido escolher um remédio que se aproxime do específico homeopático, poderá, nos casos subsequentes, verificar a segurança do remédio escolhido...
Homeopatia e profilaxia
Organon parágrafo 33 - ....os agentes morbíficos possuem um poder apenas subordinado e limitado, as força medicinais, porém, possuem um poder que sobrepujam aqueles de longe em mudar morbidamente o estado de saúde do homem.
...no ano 1801, quando a escarlatina lisa de Sydenham atacava quase sem exceção todas as crianças que dela escaparam em epidemia anterior; em epidemia semelhante a que testemunhei em Konigslutter, ao contrário, todas as crianças que tomaram a tempo uma pequeníssima dose de beladona não foram atacadas por esse mal infantil altamente contagioso. Se os medicamentos podem proteger de alguma doença que esteja grassando, esses devem ter poder de afetar nossa força vital de modo superior.
A homeopatia, desenvolveu três métodos de homeo-profilaxia que são:
1) o tratamento com os remédios constitucionais visando equilibrar a energia vital e o consequente aumento da resistência às doenças infecciosas.
2) o remédio do gênio epidêmico e
3) o uso dos nosódios.
Testemunho de grandes homeopatas
Em "Cause and Prevencion of Scarlet Fever" (1801)Hahnemann sugeriu que Beladona pode ser usada para prevenir a febre escarlatina.
Em Cause and Prevention of the Asiatic Cholera (1831) Hahnemann afirma que o uso de Cuprum 30C previne a Cólera .
In 1833 Dr. Hering escreve que Psorinum previne uma infestação de sarna (Stapf, arch. xii, 3). Kent escreve que Tuberculinum nosódio tem o potencial de prevenir TB infecção em pessoas predispostas.
William Boericke escreve no "Pocket Manuel of Homoeopathic Materia Medica" que Baptisia tem o poder profilático sobre a febre tifóide.
O método do gênio epidêmico é o melhor método para encontrar o remédio preventivo e evitar novas infecções.
Para doenças infecciosas que tem um caráter mais fixo, há certos específicos que tem uso comprovado por vários anos. Por exemplo Lathyrus Sativus é conhecido por prevenir poliomielite; Chelidonium por prevenir Hepatites; China e Natrum Muriaticum por prevenir Malária; Cuprum por prevenir cólera; Crotalus Horridus por prevenir Febre Amarela; Eupatorium Perfoliatum por prevenir Dengue.

Referência: www.simillimum.com/education/little-library/case-management/pedh/article.php - 107k

domingo, 5 de abril de 2009

A HOMEOPATIA NOUMÊNICA DO DR. MASI ELIZALDE



Alfonso Masi Elizalde nasceu em 23 de outubro de 1932 na cidade de Buenos Aires, onde faleceu em 23 de julho de 2003. Êle estudou medicina na Universidade de Buenos Aires. Na Argentina, ocupou vários cargos de direção e de ensino na "Associação Médica Homeopática", da qual seu pai foi um dos fundadores. Devido a diferenças doutrinárias, êle de afastou e criou a "Escola Médica Homeopática", onde ocupou os mesmos cargos. Posteriormente, êle fundou o "Instituto de Altos Estudos Homeopáticos James Tyler Kent"do qual foi mestre e Presidente honorário.
Masi foi conferêncista em congressos internacionais na Argentina, Brasil, México, Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Grécia. Seus seminários médicos começaram na cidade de Florença em 1980, após em Milão, Roma e Palermo na Itália; Paris e Lyon na França; São Sebastian e Sevilha na Espanha, Bruxelas e Gand na Bélgica; Rio de Janeiro, São Paulo e outras cidades do Brasil e na cidade de Quito no Equador.
Masi Elizalde fez uma releitura dos escritos de Hahnemann e das patogenêsias, procurando compreender toda sua essência. A palavra "noumeno", de origem grega, criada pelo filósofo Kant significa a realidade profunda de uma coisa, o inteligível que se encontra antes do fenômeno acessível aos sentidos, a essência de uma coisa, de uma substância. O Dr. Masi procurou descobrir o "noumeno" ou a essência de cada sintoma, de cada remédio, e de cada paciente, em outras palavras sua alma.
Nisto está de pleno acôrdo com Hahnemann que disse a respeito da cura: devolver ao homem o bem estar em suas sensações, a dignidade em seus atos e levá-lo à reconciliação com o Grande Espírito que todos os sistemas solares adoram.
O Dr. Masi Elizalde deixou para a comunidade homeopática, essencialmente:
1) Uma abordagem filosófica realista de base Aristotélico Tomista não com o objetivo de obrigar a uma filosofia particular, mas para liberar às interpretações, para ser mais livre.
2)O conceito de dinâmica miasmática. Sendo esta o resultado das inter relações entre o meio e o sujeito que sofre. Um sintoma mental de sofrimento dito psórico primário como a sensação de ser incapaz, ou não amado, ou frágil etc...cria um handicap mental contra o qual a pessoa vai se defender como puder, com a energia de que dispõe e os obstáculos ou ajudas que encontre no meio, daí resultando 3 tipos de reações:
A reação egotrófica - O primeiro esfôrço do sujeito, será negar seu handicap. Por exemplo se o seu sofrimento é se sentir incapaz, êle vai fazer de tudo para aumentar e provar sua capacidade, de uma maneira compulsiva, toda sua energia será para compensar e provar a êle mesmo e aos outros que êle é capaz. Essa reação corresponde ao miasma chamado na homeopatia de "sicose".
A reação egolítica - Se o meio se opõe à reação egotrófica do sujeito ou a desencoraja, êle abandona a luta por adquirir a faculdade em questão por um processo de autodestruição ou ególise:( eu sou um incapaz, não sirvo para nada), correspondendo ao miasma chamado sifilís na homeopatia. Mas de todas as maneiras, encorajado ou desencorajado, o sofrimento é o mesmo: a sensação errônea de ser incapaz.
A reação alterlítica - é a reação de defesa de acusar o outro de ser responsável pelo seu sofrimento, por ex.(abandonei os estudos porque meu pai não me ajudou) ou em fazer ressentir ao outro do handicap de que é portador ( não vais conseguir porque és incapaz) É a mesma doença que êle projeta sôbre outro.
3) Uma metodologia racional e ordenada para estudar patogênesias e casos clínicos.

sábado, 4 de abril de 2009

DOUTOR CONSTANTIN HERING



Hering nasceu en Oschatz, Saxe em 01 de janeiro de 1800. Provinha de uma familia numerosa e de poucos recursos financeiros. Precocemente, demonstrou uma singular inteligência e uma atração para as ciências naturais e capacidade para matemática. Desde cedo mostrou inclinação para cuidar de doentes. Estudou em Weitzburg e seguiu seus estudos de medicina em Leipzig.
Pouco antes de finalizar seus estudos, ao praticar uma autópsia, feriu um dedo, o que lhe provocou gangrena. Lhe propuseram a amputação do braço, mas antes de tomar essa decisão, Hering consultou a um médico amigo que praticava um método terapêutico novo chamado Homeopatia . Este médico lhe prescreveui uma dose de Arsenicum que o curou da gangrena. Hering começou trabalhando como assistente de um respeitado cirurgião de Leipzig, o Dr Robbi, o qual lhe pediu que escrevesse um livro para demonstrar o ridículo e inútil da teoría de Samuel Hahnemann. Hering estudou a fundo a teoría homeopática. Devido à sua honestidade científica, não hesitou en colocá-la à prova e experimentou em si mesmo alguns remédios seguindo o método proposto. Ao observar os resultados, não tardou en converter-se em um ardoroso adepto . O exemplo de Hering estimulou ao Dr Robbi de tal maneira que também ele se converteu à Homeopatia Ao finalizar seus estudos de medicina, Hering apresentou uma tese sobre a Homeopatia pronunciando-se favoràvelmente. Apesar da dura discussão com os examinadores recebeu o diploma de Doutor em Medicina.Para poder manter-se, Hering aceitou o cargo de professor de Matemática e História Natural no Instituto Brokmann de Dresde. Mais tarde o governo o enviou em missão às Guyanas Holandesas como botânico. Ali conheceu às monjas Morabíes das quais se tornou grande amigo e conselheiro médico. Ao mesmo tempo em que investigava as plantas que recolhia , as experimentava homeopáticamente, enriquecendo assim a Matéria Médica com novos medicamentos. A maioria das substâncias que experimentou, eram plantas indígenas, e utilizou como experimentadores, as monjas, amigos e colaboradores.O rei da Saxonia e seus seguidores que desde Dresde, não aprovaram as experimentações homeopáticas de Hering, exigiram que parasse con estes trabalhos. Como única resposta Hering apresentou sua renúncia. Por essa época Hering havia assistido e curado ao governador da cidade de Suriname que o escolheu como seu médico particular. Exerceu como médico na Colônia Holandesa, propagando-se sua fama por suas curas e por sua bondade. Assistía aos pobres con a mesma devoção como o fazia con os ricos. Posteriormente, se transferiu para a Filadélfia nos Estados Unidos para assistir a numerosos enfermos de cólera. Depois da epidemia, se instalou ali definitivamente, onde fundou a "Sociedade Hahnemanniana" en 1833. Em 1835 inaugurou a "Academia Norteamericana da Arte de Curar pela Homeopatía", sendo esta a primeira instituição para a formação de médicos homeopatas. Em 1848 conseguiu fundar o "Hahnemann Medical College" na Filadélfia, que contava com um hospital homeopático. Chegou a ter 70 professores e 300 alunos. Como foco irradiante, pela obra de Hering abriram em todas as direções pelo território dos Estados Unidos institutos y hospitais, chegando ao número de 107 em 1936. Hering também organizava festivais para arrecadar fundos para a criação de asilos e hospícios para pobres e alienados. Hering é autor de uma monumental enciclopédia em dez volumes "The Guiding Symptoms of our Materia Médica" onde publicou os resultados de suas patogenesias e de outros autores, sendo o principal aporte desta obra sua grande experiência clínica através dos síntomas clínicos ou curados. Não só escreveu livros de ciências, também escreveu novelas, contos e poesias. Hering faleceu aos 80 anos.


Referência: DETINIS, Luis "Doutor Constantino Hering, una vida dedicada a la Homeopatía"
http://www.academiahomeopatia.org.ar/n_hering.htm


quinta-feira, 2 de abril de 2009

FEBRE AMARELA Medicamentos Homeopáticos que podem ser úteis




A febre amarela é uma doença infecciosa aguda que apresenta evolução de diferentes graus de gravidade.
.A doença é produzida por um vírus (arbovirus) e transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, na forma urbana da doença sendo este o mesmo vetor da dengue. O vetor da forma silvestre é o Haemagogus. Na febre amarela urbana, o ser humano infectado é o grande reservatório do vírus; Na febre amarela silvestre, os primatas são os principais hospedeiros.
A transmissão “pessoa-a-pessoa” não ocorre. Os mosquitos vetores da febre amarela, assim como da dengue, picam durante o dia.
O controle da febre urbana é através da erradicação do mosquito Aedes aegypti, e da vacinação a partir dos seis meses de idade nas epidemias. Não existe ainda um tratamento antiviral específico para a febre amarela. O tratamento é sintomático nos casos leves e requer cuidados intensivos nos casos graves com atenção aos sistemas cardiopulmonar e renal e às alterações da coagulação sanguínea.
Após o vírus ser inoculado no organismo, ocorre a viremia, e sua multiplicação nos gânglios linfáticos, fígado, rins, coração, sistema nervoso central, baço e Pâncreas. O quadro clínico tem início de forma abrupta, com febre alta, cefaléia, dores musculares, prostração, calafrios, náuseas, vômitos e às vezes diarréia. Em um período de 48 a 72 horas, pode haver regressão total do quadro, ou evolução para hemorragias digestivas, hepatomegalia, icterícia ou a forma mais grave íctero-hemorrágica renal.
O último grande surto de febre amarela no Brasil, ocorreu em 1993. Atualmente, volta a ser importante a sua prevenção, tendo em vista os casos confirmados no Rio Grande do Sul, inclusive com formas graves da doença.
A Homeopatia possui uma experiência histórica na abordagem da doença, pois no passado quando o arsenal terapêutico alopático era ainda limitado, era a homeopatia que apresentava uma ampla variedade de medicamentos sintomáticos de acordo com cada caso, inclusive para os casos mais severos. De acordo com a filosofia homeopática, sempre que possível, o medicamento simillimum deve ser encontrado.
Os antigos usavam Aconitum como o agente mais eficaz no primeiro período da Febre Amarela; Crotalus Horridus, quando a doença avança para forma mais avançada; Belladona, no primeiro período, após o Aconitum, sendo também úteis, Bryonia, Lachesis, Arsenicum, sempre levando em consideração os sintomas que irão guiar a prescrição do remédio. Como o "genio epidemico" da Febre Amarela, como de várias outras doenças infecciosas, é conhecido, e os sintomas são relativamente fixos o medicamento indicado para tratamento e prevenção, que tem mostrado mais eficácia é Crotalus Horridus que deve ser usado desde o começo da doença de meia em meia hora.(Nilo Cairo)

No livro do Vijnovsky "Tratamiento Homeopático de las Afeccciones e Enfermedades Agudas", são indicados, segundo os sintomas do caso individualizado:

Aconitum Napellus - febre alta seca, sede intensa, ansiedade, inquietude, medo de morrer.

Apis Mellífica - febre com calor ardente, pior pelo calor , ausência de sede durante a febre, edemas. oligúria.

Belladona- febre queimante intensa, face de cor vermelho-vivo, taquicardia, delírios.

Bryonia - febre mediana, sede de grandes quantidades, a grandes intervalos.

Ferrum Phosphoricum-(Sal de Shüssler) na primeira etapa das inflamações e transtornos febris agudos.

Gelsemium- escalafrios que sobem e descem pelas costas como ondas, febre sem sede, grande prostração e tremores.

Mercurius Solubilis-suores noturnos que não melhoram, alento fétido, sede intensa e língua úmida com a impressão dos dentes.

Phosphorus - febre queimante com sede de bebidas frias que são vomitadas ao esquentarem no estômago, sensações de vazio e desejo de companhia.

Rhus Tox-febre e sensação como se água quente lhe corresse pelas veias.Inquietude que o obriga a trocar constantemente de posição.

Sulphur-recaídas, casos oligosíntomáticos, doença prolongada, quando o remédio bem escolhido falha.

LINCE FOR WINDOWS- Repertório

VIJNOVSKI Bernardo -Tratamiento Homeopático de las Afecciones e Enfermidades Agudas,Buenos Aires 1979.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

A HOMEOPATIA NO BRASIL



Os primeiros resquícios do movimento homeopático no Brasil, haviam surgido na Bahia, em 1818 quando Antônio Ferreira França deu conhecimento da doutrina de Hahnemann à Faculdade Médico Cirurgica desse estado. Em 1836 era apresentada à Faculdade de Medicina por Frederico Emílio John, estudante da Universidade de Leipzig, que se transferira para o Rio de Janeiro, a primeira tese sôbre a homeopatia - "Exposição da doutrina homeopática".
Em 1840, chegava ao Rio de Janeiro Bento Mure, para ser o verdadeiro iniciador da Ciência de Hahnemann em nossa terra. Tem a seu lado, para enfrentar os inimigos das doses infinitesimais, João Vicente Martins. Mais tarde, o Dr. José da Gama e Castro, médico português, redator do "Jornal do Comércio", publicou uma série de artigos de propaganda da homeopatia, lembrando ao povo brasileiro, a presença do Dr. Mure.
Data de 1842, a criação do Instituto Homeopático do Brasil, por iniciativa de Bento Mure e Vicente José Lisboa, outro divulgador da homeopatia. Fundada por esse Instituto de acordo com a lei de 3 de outubro de 1844, aparecia a primeira escola para o ensino oficial da homeopatia. Pouco tempo durou essa escola, devido à discórdia entre seus dirigentes. Teve também duração efêmera a Academia Médico Homeopática do Brasil que a substituiu.
Mais tarde, Saturnino Soares de Meireles, notabilizou-se como adepto da doutrina de Hahnemann em uma série de artigos publicados nas colunas do "Jornal do Comércio", sob o título "Paralelo entre a Homeopatia ea Alopatia". A ele devemos a fundação do Instituto Hahnemanniano Fluminense, que em 1879 passou a denominar-se Instituto Hahnemanniano do Brasil.

Referencia: CARDOSO, Leontina - Licinio Cardoso seu Pensamento, sua Obra sua Vida Ed. Souza RJ 1952.